O PCP de Coimbra criticou a anunciada extinção da urgência do Hospital de Cantanhede, um dos sete serviços de urgência que poderão encerrar na Região Centro. Dos 14 serviços de urgência que o Governo admite fechar, metade situam-se em hospitais do centro do país: S. João da Madeira, Espinho, Estarreja, Ovar, Anadia, Fundão e Cantanhede. "A justificação para o encerramento das cinco extensões de saúde de Cantanhede e dos serviços de atendimento permanente (SAP) deixava entender que as pessoas seriam atendidas nas urgências do hospital", afirma uma nota da Direcção Regional de Coimbra do PCP. O partido recorda que, "após o escândalo do investimento público de muitos milhões de euros no alargamento das instalações (Ó) chega o anúncio desta infeliz medida, num hospital que abrange cerca de 70 mil utentes". As novas instalações do hospital de Cantanhede foram "construídas em espaço e edifício privado, propriedade da Misericórdia, e no próprio serviço de urgências". O PCP salienta, por outro lado, que "fica claro, para já, que o Governo recuou na sua intenção de encerrar as urgências da Figueira da Foz". O relatório encomendado pelo Ministério da Saúde sobre a reorganização das urgências foi segunda-feira apresentado pelo ministro à Associação Nacional de Municípios Portugueses e vai ficar em discussão pública durante o mês de Outubro. A reorganização, proposta por onze especialistas, deverá começar a ser executada no início do próximo ano, de uma forma escalonada no tempo, e em "conjugação com outras acções complementares ligadas a acessibilidades e à requalificação de recursos humanos e materiais". De acordo com o documento, é proposto o encerramento de cinco serviços de urgência na região norte (dos hospitais de Peso da Régua, Macedo de Cavaleiros, Vila do Conde, Fafe e Santo Tirso), sete na região centro (nos hospitais de S. João da Madeira, Espinho, Estarreja, Ovar, Anadia, Fundão e Cantanhede) e dois na região de Lisboa (Curry Cabral e Montijo). |