A Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos assina, em Outubro, um protocolo de colaboração com uma congénere de Barcelona, destinado a "internacionalizar" os projectos desenvolvidos pelos dois organismos. Em declarações à agência Lusa, Paula Teles, coordenadora da Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos disse que o documento vai ser assinado com Fundación Design for all, a 12 de Outubro, no âmbito do II congresso da Rede, e visa "alargar a intervenção das duas fundações a outros países europeus". Projectar ou "redesenhar" cidades e vilas sem barreiras para "todos os cidadãos", incluindo nestes os portadores de deficiência e os de mobilidade reduzida, são objectivos da Rede nacional e da fundação catalã, um dos parceiros espanhóis na construção do Plano de Acessibilidades de Barcelona, disse a engenheira civil dedicada à mobilidade. O Plano de Acessibilidades de Barcelona foi iniciado em 1992, aquando dos Jogos Olímpicos de Verão, tem final previsto para este ano e tornou a capital catalã na "única cidade do mundo com um verdadeiro plano de acessibilidades concretizado", sublinhou. Segundo Paula Teles - que citou informações do presidente da fundação catalã, Francesc Aragall Clavé, os primeiros países europeus onde as associações portuguesas e catalã irão realizar projectos serão "Alemanha, Luxemburgo e Espanha", sendo que em cada país as duas associações irão escolher parceiros locais. Francesco Aragall Clave é, segundo Paula Teles, um dos "pais" do conceito europeu de acessibilidade (CEA), baseado no conceito de desenho universal, importado dos Estado Unidos e que reivindica o planeamento, concepção ou redesenho de cidades da forma "mais simples" de modo a que não tenha obstáculos para nenhum cidadão. A Rede Nacional de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos - constituída em 2003 - funciona em parceria com a Associação Portuguesa de Planeadores de Território, estando ambas sedeadas na Universidade de Aveiro. |