Hilário Santos, deputado do PSD, defendeu, na última Assembleia Municipal Águeda, realizada na última sexta-feira, que a Câmara Municipal deve juntar-se à Câmara de Aveiro com o objectivo de pressionar o governo para que construa a ligação rápida Águeda - Aveiro. No entanto, outro assunto que mereceu atenção redobrada dos deputados foi o ponto da situação do alargamento do Tribunal de Águeda. “Nem daqui a dez anos” “É necessário que a sociedade se mobilize, senão, nem daqui a dez anos, a obra estará construída. É necessário, e em conjunto com o presidente da Câmara Municipal de Aveiro, mobilizar as forças do município para ir a Lisboa fazer um loby”. “Temos que dar uma volta a isto”, reforçou Hilário Santos. Por seu lado, Gil Nadais, presidente da autarquia, informou os deputados que já encetou conversações com o seu homólogo de Aveiro, no sentido de delinearem o que pretendem fazer. É que o projecto inicial prevê uma ligação rápida de Águeda - Aveiro, mas no troço que atravessa o concelho de Aveiro está prevista a construção uma série de rotundas, o que retirará o conceito de ligação rápida”. Terreno de volta Entretanto, Gil Nadais, respondendo ao deputado, Antunes Almeida (PSD), que pretendia saber o que se passava com o alargamento do Tribunal de Águeda, deu a conhecer que a Câmara Municipal de Águeda vai oficiar o Ministério da Justiça para que devolva à autarquia os terrenos, da antiga Cerâmica Guerra & Cruz, que foram cedidos para a construção de um novo tribunal. O pedido surge após projecto de construção do novo Palácio da Justiça ter sido abandonado, em detrimento da ampliação das actuais instalações. Gil Nadais deu ainda a conhecer aos deputados que continua à espera que o Ministério da Justiça informe a Câmara de Águeda do espaço necessário para proceder ao alargamento do actual edifício, para que possa negociar com os bombeiros a aquisição do terreno anexo ao tribunal. Recorde-se que, em recente visita do Ministro da Justiça, Alberto Costa, ao Tribunal de Águeda, ficou a promessa da ampliação das actuais instalações que, segundo Nadais, serve os interesses dos munícipes e da própria Delegação da Ordem dos Advogados de Águeda, que já se mostrou favorável a este alargamento. De acordo com a nova estratégia, implementada pelo Ministério da Justiça, o projecto efectuado, no tempo da ministra da Justiça Celeste Cardona, para a construção de um novo Palácio da Justiça nos terrenos da antiga Cerâmica Guerra & Cruz, fica sem efeito. Por isso, agora o presidente da autarquia pretende que os terrenos disponibilizados, nessa altura, para o efeito, sejam devolvidos. Bombeiros solidários O autarca revelou ainda que já foi efectuada uma reunião com a direcção dos Bombeiros Voluntários de Águeda - proprietária do terreno anexo ao actual edifício do tribunal - e que esta se mostrou disponível para efectuar a venda. “Os bombeiros devem ser solidários com a autarquia e não devem especular o preço da venda do terreno. Não estou a pensar ir regatear o preço dos terrenos com os bombeiros”, sublinhou Gil Nadais. Aliás, o deputado Antunes Almeida (PSD), reconhecido advogado de Águeda, alertou Gil Nadais para a necessidade da aquisição do terreno, pois “não vá o secretario de Estado dos Edifícios - como lhe chamo - dizer que não amplia o tribunal, porque não tem terrenos”.
Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt |