Os vitivinicultores devem ter um especial cuidado com a poda em verde nas vinhas, devendo estas ser monitorizadas, permanentemente, alertou, na penúltima quarta-feira, o professor universitário Rogério Castro, durante uma acção de formação que decorreu numa das Vinhas do empresário Campolargo, na Quinta das Lezírias, São Lourenço do Bairro. Num campo de ensaio, Rogério Castro afirmou que “o objectivo da acção é tentar tirar partido do que a história contemporânea nos ensinou e aplicá-la aos tempos actuais”, referindo-se à poda em verde. Contudo, logo foi alertando que “não vale a pena entrar em sistemas mais complexos se não houver um acompanhamento rigoroso e intervir na altura oportuna”. “Nestes locais introduzimos um sistema que a tradição potenciou, introduzindo a mecanização e adaptando-se à economia local”, foi outra afirmação, acrescentando: “as vinhas atravessam um período muito crítico que vai até aos “Santos”, pois há muitos talos em relação à monda. A monda tem que ser feita de uma forma equacionada”, sublinhando que a presente época que atravessamos “é propícia ao aparecimento do míldio da vinha, um fenómeno que está a ocorrer em todo o Portugal”, ao mesmo tempo avisou que “nos casos em que houve uma produção de mais uvas no ano passado, este ano as videiras produzirão menos. Muito abaixo do nível”. “O problema no nosso país, em geral, é não saber actuar na hora certa. A verdade é que temos muito “know how”, mas não é aplicado. Se formos para a Alemanha ou para outro país, já somos os melhores”, foi outra das conclusões produzidas por Rogério Castro. |