Os resultados da autópsia ao agente da GNR que morreu ontem em Estarreja, após uma perseguição a dois jovens, serão conhecidos dentro de três semanas, anunciou o presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal. Contactado pela Lusa, Duarte Nuno Vieira adiantou que a autópsia ao militar da GNR se realizou ontem à tarde no Gabinete Médico- Legal do Hospital Distrital de Aveiro. Segundo a mesma fonte, os resultados da autópsia serão revelados "nas próximas duas a três semanas", sendo ainda necessário realizar os exames complementares. As autoridades suspeitam que o agente tenha morrido de "morte súbita, já que durante a perseguição a dois jovens suspeitos de roubar uma grade de cerveja de um mini-mercado não foram disparados tiros. De acordo com fonte do gabinete de relações públicas da GNR de Coimbra, a "suspeita mais forte é que o militar tenha sofrido doença súbita", não descartando contudo a hipótese de ter sido agredido. Entretanto, os dois menores, de 15 e 17 anos, foram ouvido em audição sumária numa investigação preliminar desencadeada pela Polícia Judiciária e entregues à família. De acordo com a mesma fonte, os dois indivíduos são apenas suspeitos de furto, pelo que, ao abrigo da lei tutelar educativa, foram entregues à família. O processo seguirá, no entanto, para tribunal. O acidente deu-se cerca da 01:00 quando uma patrulha do posto territorial de Estarreja, formada por dois militares, avistou dois jovens a carregarem uma grade de cerveja. Os dois elementos da GNR suspeitaram que a grade de cerveja era roubada, iniciando uma perseguição aos dois menores. Segundo a fonte da GNR, um dos militares, depois de ter desistido da perseguição, voltou para trás e encontrou o colega estendido no chão em estado muito grave. Apesar de transportado para o hospital, o militar veio a morrer no Hospital de Estarreja. Uma outra patrulha da GNR acabou por identificar e deter os dois menores. |