“Fiquei de boca aberta”.É desta forma que José Faria, proprietário do restaurante Ponto de Encontro, de Anadia, descreve, o fenómeno da natureza, vivido há oito dias, quando tirou da terra três nabos com um tamanho invulgar. Já lhe tinha acontecido o mesmo, mas, noutro local, e com plantação de batatas. Um rico nabo José Faria, nascido há 53 anos em Ribeira Brava - Ilha da Madeira - e com sete anos, emigrou para a Venezuela, onde permaneceu 30 anos. No nosso país, têm-se dedicado à restauração e, nos seus tempos livres, adora passar umas horas no seu quintal, no cultivo de vários afins, para o seu restaurante, o Ponto de Encontro, em Anadia. No seu quintal, sito no Cabeço, em Mogofores, para além de outros géneros, cultivou nabos. Até aqui nada de extraordinário, não fosse quando os mesmos estavam em situação de serem apanhados. E, quando isso aconteceu, José Faria não queria acreditar naquilo que saía da terra: três enormes nabos, um com 6.150 quilos e quase um metro de altura, e dois com cerca de 4 quilos, da sua terra agrícola, no Cabeço de Mogofores. Esta situação não é caso virgem, dado que já lhe tinha acontecido o mesmo com batatas, mas em Fonte de Angeão, concelho de Vagos. Sobre esta obra da natureza, José Faria, com um misto de sotaque madeirense e venezuelano, disse: “Isso queria eu saber. Não há explicação para tal fenómeno. Quando apanhei os nabos, fiquei de boca aberta. Depois falei com os vizinhos e amigos, e toda a gente ficou encantada com os nabos”. Passada a emoção da “colheita”, José Faria levou os nabos para o seu restaurante. Num deles, escreveu, “eu sou um rico nabo”. Por isso os clientes brincam com a situação. Os nabos têm feito a delícia dos clientes. Irão ficar expostos mais oito dias. Depois, prometeu, irá fazer uma grande sopa de nabo para os amigos. Quem viu os nabos, como nós, interroga-se como é possível uma coisa destas. A força da natureza, por vezes, prega-nos este tipo de partidas, sempre saudáveis para qualquer imortal. |