O sino, em bronze maciço, furtado da Capela Nova de S.João de Azenha, a 22 de Janeiro, já regressou ao seu devido local, no último fim-de-semana, para contentamento da população. Embora tenha sido recuperado pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Anadia, logo na semana seguinte ao seu furto, que o encontrou na casa de um indivíduo, residente nas Almas da Areosa, em Aguada de Cima, que se preparava para transaccionar o bronze, depois de derretido, só durante o último final de semana foi colocado na torre do templo, situação que não passou despercebida dos moradores que acorreram, em grande número ao local, para agradecer o esforço das autoridades policiais e a rapidez na recuperação do sino. Este insólito caso, que correu os noticiários do país, chega agora ao fim com a reposição do sino no local de onde foi furtado na madrugada do dia de eleições presidenciais, dia em que o alerta foi dado, logo de manhã, bem cedo, quando a pessoa responsável por fazer tocar o sino para a missa dominical chegou à capela e deparou com a sua ausência. Naquela altura, Adolfo Neves Martins, da Comissão, da Capela Nova de S.João de Azenha, confirmou ao nosso jornal tratar-se, realmente, de uma situação insólita e de todo impensável, até porque o sino, - que fora oferecido por uma moradora de São João da Azenha que, vendo o esforço de um pequeno lugar, que durante 20 anos, tudo fez para angariar os 30 mil contos necessários para construir a igreja, resolveu oferecer uma das peças mais caras - se encontrava a 15 metros de altura, pesava mais de 350 quilos. Oriundo de Braga, custou 486 contos, em 1997, ano da inauguração da capela, valor esse que, hoje, ascenderia a mais de 4000 euros. Acrescente-se ainda que esta capela, pela sua localização, tem sido frequentemente alvo de actos de vandalismo e de tentativas de assalto. O furto do sino revela que, na realidade, a sua localização (em estrada pouco movimentada e escondido por um pinhal) é um aliciante a actos desta natureza. Aliás, os ramos dos pinheiros, muito próximos do sino, tapam por completo aquele alçado do templo, permitindo e facilitando actos desta natureza, agravada pela fraca iluminação pública no local. Daí que a população apele à Câmara Municipal de Anadia para que proceda, o mais rapidamente possível, à colocação de mais e melhor iluminação naquela zona envolvente à Capela.
Catarina Cerca |