Um jovem de 16 anos foi violentamente espancado por outros dois colegas, na penúltima terça-feira, a meio da manhã, no recreio da Escola EB 2.3 Dr. Acácio Azevedo, em Oliveira do Bairro. A presidente do conselho executivo da escola, Júlia Gradeço, confirmou ao Jornal da Bairrada a agressão, sublinhando, no entanto, que o caso está em segredo de justiça. Pontapés na cara O jovem espancado já apresentou queixa na GNR de Oliveira do Bairro e o caso estará a ser encaminhado para o Ministério Público de Oliveira do Bairro e para a Comissão de Protecção de Menores. O rapaz encontrava-se com alguns amigos da turma, no período inicial de uma hora livre, quando dois colegas, um de 15, e outro de, 16 anos, o espancaram, desferindo-lhe vários pontapés na cara. O jovem ficou deitado no chão, a deitar sangue, tendo recebido o primeiro tratamento na Escola, sendo transferido, de seguida, para o Hospital Infante D. Pedro em Aveiro. Segundo a mãe do jovem, que fez questão de preencher o livro de reclamações da escola, “este caso vai ser levado até às últimas consequências e já está a prejudicar o dia-a-dia da família que agora se vê obrigada a não deixar o filho sozinho, em determinada alturas do dia”. A mãe diz ainda que o filho terá sido espancado, porque os dois colegas desconfiaram que “ele tinha dito que ia contar à GNR que estes fumam haxixe”. O estudante já foi fazer exames ao Instituto de Medicina Legal de Aveiro e, nas noites sequentes ao acontecimento, durante a noite, terá deitado sangue pelo nariz. “Os pontapés podiam ter matado o meu filho, confirmou-me o médico que o observou”, afirmou a mãe do jovem, que diz que, a par do processo de crime, vai pedir uma indemnização. Esta mãe preocupada coma segurança de outras crianças, alerta ainda que “muitos jovens neste escola são forçados a dar dinheiro aos mais velhos e que outros já foram agredidos, permanecendo calados”. “Limpeza na escola” Júlia Gradeço explicou que na escola nunca tinha acontecido uma agressão com a gravidade deste caso, e que “está em curso um procedimento disciplinar”. JB sabe que os encarregados de educação dos alegados responsáveis pelo espancamento serão notificados esta quarta-feira sobre o conteúdo da decisão disciplinar aplicada pela escola aos seus filhos. A presidente do conselho executivo da escola garantiu ainda que “foi feito um pedido de ajuda à polícia para ajudar no esforço para acabar com a existência de comportamentos irregulares e desviantes, assim como com as drogas que possam existir na escola”. Esta responsável explicou ainda que não acredita que existam escolas onde não haja a proliferação de drogas, mas “estamos a fazer um grande esforço no sentido de acabar com estes problemas”. “Já tínhamos comunicado, no início do ano, aos pais que pretendíamos fazer uma escola exemplar, e por isso está a ser feito um grande esforço nesse sentido”, admitiu. Entretanto, JB tem conhecimento que outros problemas ligados ao furto de bens, tem ocorrido na escola, o que obrigou o conselho executivo a pedir a presença da polícia.
Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt |