O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, considerou, na última sexta-feira à noite, durante a tomada de posse do reeleito provedor Adolfo Roque, que a Santa Casa da Misericórdia de Águeda tem uma obra de relevo e digna de toda uma comunidade, enquanto que Adolfo Roque deu a conhecer a uma plateia vip o que pretende para o futuro da instituição. Elogios Vieira da Silva não poupou palavras para elogiar a gestão do provedor Adolfo Roque que soube definir objectivos que “vão ao encontro daquilo que a comunidade pretende, sendo uma instituição voltada para o trabalho dos idosos e das crianças”. “São estes os grupos sociais que mais necessitam de investimentos, até porque Portugal ainda não conseguiu ultrapassar as dificuldades económicas. Aqui há enorme esforço para colocar em funcionamento várias valências que atravessam uma grande parte das faixas etárias ”. “O Estado tem um papel fundamental na resolução destes problemas, mas é também com a sociedade civil que estes poderão ser resolvidos. É aquilo que se chama uma economia de solidariedade globalizante”, disse o ministro. Vieira da Silva sublinhou ainda que a cooperação entre o Estado e a Misericórdia deve ser aprofundada, enriquecida e renovada. Aqui o Ministério do Trabalho encontra um interlocutor de segurança que definiu “objectivos certeiros e que tem preocupações de qualidade”. Aliás, uma opinião partilhada pelo presidente do Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas, Vítor Milícias, que considerou exemplar o trabalho da Misericórdia de Águeda, afirmando que “aqui se pratica misericórdia”. Alargamento do protocolo Adolfo Roque, o provedor reeleito, solicitou a Vieira da Silva o alargamento do protocolo do lar - das actuais 26 para 44 pessoas - para dar resposta à sociedade, solicitando o respectivo apoio financeiro, a fim de realizar as obras de adaptação necessárias. Adolfo Roque fez ainda uma retrospectiva de tudo aquilo que foi realizado no mandato, sublinhando que “tudo o que fizemos foi possível graças ao empenho de uma equipa que tive o privilégio de liderar e que soube, por sua vez, motivar os recursos humanos desta Instituição e, ainda, à compreensão e apoio das entidades com que tivemos o privilégio de tratar”. Em relação ao futuro e sem entrar em pormenores, o Provedor explicou que as preocupações fundamentais se centram em procurar melhorar ainda mais o funcionamento da Casa da Criança e, de forma mais vincada, o do Lar Conde de Sucena, em Águeda; consolidar e expandir a acção da Casa de Repouso Dr. António Breda e Lea Breda; prosseguir nas acções tendentes à urbanização da Quinta do Redolho, e em colaboração com o Hospital e a Câmara Municipal de Águeda, promover o arranjo dos espaços exteriores, em ordem a beneficiar o acesso, parqueamento e respectivo tratamento, para que os espaços envolventes sejam também adequados às funções das Instituições que servem pessoas, na infância e na velhice do nosso lado e na saúde, do lado do Hospital. Ou seja, segundo o provedor, “queremos, com o apoio de todos - corpos sociais, colaboradores e entidades públicas e privadas - promover a melhoria do serviço prestado pela Misericórdia e com a gestão adequada do seu património, garantir um futuro mais tranquilo”. Património Adolfo Roque afirmou ainda que para além da actividade operacional, a provedoria também se preocupou com o património da Misericórdia. Assim, além da venda de 10% na DV - Diálises do Vouga, ao detentor virtual dos outros 90%, foi efectuado um acordo, em vias de conclusão, com a Câmara Municipal de Águeda para a cedência definitiva do espaço onde esteve instalada a Cruz Vermelha, junto às instalações da Misericórdia, em Águeda. A Misericórdia regularizou ainda todas as pequenas parcelas de terreno de baixo valor, que se encontram em situação confusa, como “tivemos como uma das preocupações fundamentais do nosso mandato a alteração do Plano de Urbanização da Quinta do Redolho, em ordem a que, embora respeitando os parâmetros impostos por lei, se consiga uma urbanização rentável”. Assim, “Chegámos a um bom acordo com a Câmara que prevê construir em altura, melhorando a insolação, a ventilação, o aproveitamento panorâmico e a criação de um Parque verde, condições estas que muito beneficiarão a qualidade de vida daquele empreendimento e, em consequência, a sua rentabilidade para a Misericórdia”, referiu o provedor. Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt Números 153 Crianças estão actualmente a ser assistidas pela Casa da Criança, pertença da Misericórdia. 20 Camas estão ocupadas (todas) na Unidade de Cuidados Continuados Dr. António Breda. 362 Utentes estão nas quatro valências da Misericórdia de Águeda |