Milhares de trabalhadores portuários de toda a Europa concentraram-se a meio da manhã de hoje frente ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, num protesto contra a liberalização dos serviços portuários, disse à agência Lusa fonte sindical. A delegação portuguesa integra uma centena de pessoas, representantes dos trabalhadores dos portos de Viana, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal e Sines, disse à Agência Lusa o presidente do Sindicato de Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal, Vítor Dias. Além de representantes deste sindicato, a delegação portuguesa à manifestação de Estrasburgo inclui ainda dirigentes dos sindicatos dos Trabalhadores do Porto de Aveiro, dos Trabalhadores Portuários de Setúbal e dos Estivadores, Lingadores e Conferentes de Viana do Castelo, adiantou. Embora tenham aderido à greve convocada para hoje, os trabalhadores do porto de Leixões não se fizeram representar em Estrasburgo, disse. Os trabalhadores portuários europeus, que convocaram greve para hoje e terça-feira, entendem que o projecto de directiva sobre a liberalização dos serviços portuários põe em risco os seus postos de trabalho, pelo que apelam aos parlamentares europeus para rejeitarem a proposta. Os eurodeputados, que iniciam hoje em Estrasburgo a sua primeira sessão anual, devem pronunciar-se quarta-feira sobre o projecto de liberalização dos serviços portuários. O texto, que tem vindo a receber reacções negativas por parte dos deputados europeus, retoma nomeadamente o princípio contestado pelos trabalhadores dos portos de autorizar os armadores a carregar e descarregar os seus próprios navios (auto-assistência). |