O ano de 2005 foi o mais seco e teve o segundo mês de Junho mais quente desde 1931, registando uma temperatura média 0,6 graus acima dos valores medidos entre 1961 e 1990 em Portugal, segundo o Instituto de Meteorologia. Num balanço relativo ao clima de Portugal Continental em 2005, o Instituto de Meteorologia (IM) classificou este ano como "extremamente seco" com valores de precipitação muito inferiores à média, excepto no mês de Outubro. Grande parte do território esteve em situação de seca "severa" e "extrema" sete a nove meses consecutivos. Nas regiões do litoral Norte, parte do Alentejo e alguns locais do Centro, a seca prolongou-se durante dez e 11 meses. Em 30 de Setembro de 2005, a situação era, quanto à área afectada nas classes de seca "severa" e "extrema", a mais grave dos últimos 60 anos, relatou o IM. A temperatura média do ar, por outro lado, esteve acima do normal, em particular no mês de Junho, marcado por duas ondas de calor e considerado o segundo mais quente desde 1931. A temperatura média do ano (calculada com base em 40 estações meteorológicas, consideradas representativas do território) foi de 15,6 graus centígrados, cerca de 0,6 acima do valor médio de 1961- 1990. Nalgumas regiões do Norte e interior Sul registaram-se mesmo temperaturas um grau acima da média. Em termos globais, de acordo com dados da Organização Meteorológica Mundial, 2005 foi o segundo ano mais quente registado e conta-se entre os quatro mais quentes desde 1861. A temperatura média global, que ronda os 14 graus, esteve 0,48 graus acima da média anual (relativa ao período 1961-1990). A última década, com excepção do ano de 1996, foi a mais quente desde que há registo meteorológico. |