O líder do PSD, Luís Marques Mendes, denunciou ontem, em Aveiro, que Portugal vai ter o "maior aumento de impostos alguma vez ve rificado" e considerou o agravamento fiscal uma "arma de destruição maciça do em prego". "São mais cinco mil milhões de euros de aumentos de impostos, o que é m au para as empresas. O aumento de impostos é uma verdadeira arma de destruição m aciça de empregos", criticou Marques Mendes, durante uma visita a empresas do di strito de Aveiro. Sublinhando que "vai haver entre 2005 e 2006 o maior aumento de imposto s alguma vez verificado em Portugal", Marques Mendes defendeu que "não é o Estad o que cria riqueza, mas a iniciativa privada". "O Estado já faz muito se não complicar a vida aos empresários. A linha não é, como veio no último Orçamento do Estado, aumentar mais os impostos sobre as pessoas e as empresas", frisou. O líder do PSD questionou o peso para os contribuintes da construção do novo aeroporto da Ota, lembrando que também no caso das SCUT (auto-estradas sem custo para o utilizador) se havia criado a ideia de que não teriam custos e ago ra "todos os contribuintes vão pagar 700 milhões de euros por ano" para as finan ciar. "Agora diz-se que será construído um aeroporto de forma gratuita ou qua se gratuita. Todos desconfiam, e eu próprio, quando nos dizem que vai ser gratui to", acrescentou, numa alusão ao projecto da Ota, anunciado terça-feira pelo Gov erno. Marques Mendes deslocou-se a Carregosa, Oliveira de Azeméis, onde visit ou as instalações do Grupo FERPINTA, que alcançou no último ano um volume de neg ócios de 272 milhões de euros e se prepara para investir 20 milhões de euros na construção de uma nova fábrica, destinada a produzir tubos de aço com destino ao mercado espanhol. Ao final da tarde, o líder do PSD visitou o navio "França Morte", a mai or embarcação de pesca da frota portuguesa, recentemente inaugurada. O "França Morte", com um volume de 2.820 toneladas de arqueação bruta, aguarda autorização para iniciar a faina no cais da Gafanha da Nazaré, Ílhavo, e está preparado para pescar ao mesmo tempo com duas redes, podendo arrastar até 2.200 metros de profundidade. "São dois excelentes exemplos de empresas fortes e competitivas, que ap ostam na internacionalização, capazes de contribuir para que o país seja competi tivo, crie riqueza e seja capaz de gerar postos de trabalho", afirmou Marques Me ndes. "Julgo que é mostrando e multiplicando estes exemplos que Portugal pode ganhar confiança", acrescentou, justificando a visita. O facto do "França Morte" aguardar ainda uma licença para começar a ope rar mereceu de Marques Mendes palavras de reprovação. "É um grande investimento neste navio, sobretudo privado, e, todavia, a gora que o mais difícil concretizado, o Estado demora semanas e semanas com vist orias e mais vistorias para passar uma licença", criticou. |