Três famílias de indivíduos, de etnia cigana, num total de 16 pessoas, ficaram desalojadas na sequência dos incêndios que deflagram na tarde do último domingo, dia 9, em Oliveira do Bairro. Segundo Afonso Monteiro, um dos moradores, as três famílias que têm dez crianças, ficaram sem todos os haveres, tendo passado a primeira noite no pavilhão da empresa Pavimenta, em Oliveira do Bairro. Foram surpreendidos pelo incêndio, de uma forma “assustadora. “Não tivemos tempo para nada. Nada mesmo, apenas para fugir”. As barracas estavam localizadas numa zona onde o auto-tanque dos bombeiros de Oliveira do Bairro foi consumido pelas chamas, o que demonstra o inferno vivido naquela tarde. “Pouco tempo tivemos para pegar nas crianças e fugir, estávamos a ver que ficávamos completamente cercados pelo fogo. Foi horrível”, conta, ainda assustado, Afonso Monteiro que o pouco dinheiro que possuíam também ardeu. Entretanto diz esperar ainda que as entidades os auxiliem a recuperar as barracas, consumidas pelo fogo, e que disponibilizem, numa primeira fase, algumas tendas. “Não podemos estar a viver com dez crianças no meio de uma fábrica abandonada, onde chove por todos os lados”. Fonte camarária explicou ao Jornal da Bairrada que a situação está a ser acompanhada e que, numa primeira fase, os ciganos poderão ser instalados, provisoriamente, no antigo quartel dos bombeiros de Oliveira do Bairro.
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