O Corgo de Baixo vai começar a ser reconstruído, na próxima semana. A garantia foi dada pelo presidente da Câmara Municipal de Anadia, Litério Marques, que em conjunto visitou com os secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques; e do Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, João Ferrão, ontem à tarde, quarta-feira, a aldeia devorada pelas chamas. Levantamento de todos os danos João Ferrão afirmou que vai ser feito de imediato um levantamento exaustivo de todas as perdas, sejam habitações, electrodomésticos, saneamentos básicos, ou mesmo a parte agrícola para que nada falte aos desalojados. No entanto, João Ferrão garantiu que o levantamento vai ser feito co-responsabilizando o presidente da câmara de Anadia e o governador civil que ficarão encarregues de efectuar o apuramento de todos os danos. “A nossa preocupação vai no sentido de construir uma aldeia “sui generis”, que ardeu na sua totalidade”, referiu João Ferrão. Este governante anunciou ainda que o Instituto Nacional de Habitação, que se fez representar pelo seu presidente, tem uma linha aberta a fundo perdido, no valor máximo de 12500 euros que “será disponibilizada dentro de poucas semanas”. Famílias apoiadas Por sua vez, Pedro Marques anunciou que as famílias desalojadas vão ser apoiadas, primeiramente, a nível das carências económicas e depois a nível do mobiliário em falta. São valores que, segundo o governante, poderão atingir os três mil euros por família, numa situação de primeira grande carência, acrescentando que “depois existe um complemento para apoiar a parte agrícola, desde as alfaias aos animais”. Pedro Marques comunicou à família de José Almeida que vai ficar suspenso o pagamento de um valor de 524 euros de uma Reposição do Rendimento Mínimo Obrigatório que a família estava a efectuar, assim como vai ser reenviado um cheque de uma reforma no valor de 233 euros que tinha ardido. Aliás, Celestino Almeida, presidente do Centro Regional de Segurança Social de Aveiro, clarificou que não se trata da suspensão dos 524 euros, mas sim do perdão total dessa dívida que a família tinha. Este responsável prometeu ainda estar atento a todas as situações de carência. Já Litério Marques deixou a garantia a todos os desalojados, que as moradias vão ser reconstruídas, mantendo a traça original, explicando que “para isso já temos um projecto casa tipo”. O autarca anadiense quantifica que serão precisos, “só para reconstruir as casas desabitadas mais de 200 mil euros”. Pedro Fontes da Costa pedro@jb.pt |