Na primeira quinzena de Julho arderam mais de 17 mil hectares de floresta, elevando para 38.518 hectares a área destruída pelos incêndios desde o início do ano, segundo o último relatório da Direcção-Geral das Florestas (DGF). Comparando com a média dos últimos cinco anos, a área destruída pelos fogos entre 01 de Janeiro a 17 de Julho representa mais quase 10 mil hectares. No entanto, a área queimada pelo fogo até 17 de Julho é menor do que a ardida no mesmo período do ano passado (42.645 hectares). Segundo as contas da DGF, até 17 de Julho registaram-se 17.693 incêndios, dos quais 13.811 foram fogachos (menos de um hectare ardido). O aumento relativamente ao relatório do início do mês (21.504 hectares ardidos resultado de um total de 12.690 incêndios) deve-se principalmente ao número de fogos que deflagraram nos distritos do Porto, Braga e Aveiro e às grandes extensões ardidas nos distritos de Porto, Castelo Branco e Viseu. Até 17 de Julho, os maiores valores de área ardida registam-se nos distritos do Porto (6.061 hectares), Viseu (4.226 hectares) e Viana do Castelo (3.589 hectares). O maior número de incêndios florestais (excluindo os fogachos) verificou-se nos distritos do Porto (668), Viseu (525) e Braga (500). Quanto aos grandes incêndios, a DGF refere a existência de 58, que foram responsáveis por uma área ardida de 17.690 hectares (46 por cento do total da área destruída pelos fogos). Estes valores, segundo a DGF, são ainda estimados, faltando a confirmação através de levantamentos de campo. Este ano e até ao passado domingo os distritos menos afectados pelos incêndios foram o de Évora, com 23 ocorrências, e o de Portalegre, com 27. Estes foram também os distritos com menos área ardida: 139 hectares em Évora e 111 em Portalegre. Do lado oposto estão os mais martirizados: Porto e Viseu, o primeiro com 668 incêndios e 6.061 hectares ardidos, e o segundo com 525 fogos e 4.226 hectares ardidos. |