A feira foi organizada pela primeira vez este ano pela AveiroExpo, empresa municipal criada para gerir o Parque de Feiras e Exposições, que entendeu deixar de fora cerca de seis expositores que há vários anos frequentavam a Agrovouga, por se dedicarem a actividades comerciais alheias ao objectivo do certame.

Ana Paula Mariano, directora executiva da AveiroExpo, confirmou hoje na conferência de imprensa de apresentação da Agrovouga que "algumas empresas que expunham há vários anos ficam de fora por não terem relação com a actividade".

Salientou, no entanto, que se trata de um número pouco significativo, já que são seis as empresas abrangidas num total de 82 expositores, e que tal facto é compensado pela presença, pela primeira vez, de mais uma dezena de empresas das áreas do certame, nomeadamente de sistemas de rega, redes, maquinaria agrícola e jardinagem.

"Estava à espera do dobro de expositores e de animais, mas é o sinal da crise. Muitas empresas dizem que estão sem verbas para vir à Agrovouga", comentou o vereador responsável pelo pelouro das feiras, Domingos Cerqueira.

Domingos Cerqueira realçou o empenho das associações de criadores e da organização para realizar o certame e concluiu que "é a melhor possível, na crise que está a condicionar a agricultura portuguesa".

Com um orçamento próximo dos 200 mil euros, a Agrovouga espera atrair cerca de 50 mil visitantes e terá em exposição 1.500 animais de várias espécies e raças.

A feira terá na área coberta zonas de produtos alimentares, praça das flores, área industrial e "stands" institucionais.

No exterior haverá uma área de restauração, limitada a servir refeições com carne de raças autóctones e produtos tradicionais, exposição de equinos e bovinos, floricultura e maquinaria.