A CGTP promove hoje um Dia Nacional de Luta para protestar contra as medidas de combate ao défice anunciadas pelo Governo que, considera, "hostilizam quem trabalha e penalizam quem cumpre as obrigações sociais e fiscais". "Basta de injustiças" e "é urgente outra política" vão ser as palavras de ordem mais ouvidas durante as concentrações e desfiles que vão ocorrer a partir das 15:00 de hoje em diversas cidades do país como Lisboa, Porto, Faro, Coimbra, Aveiro, Braga, Guarda, Leiria, Santarém e Viseu. A CGTP contesta a subida da taxa normal do IVA de 19 para 21 por cento, o agravamento em 5 por cento do imposto sobre os produtos petrolíferos, o aumento do custo de vida directo e indirecto e o congelamento dos escalões e das progressões nas carreiras dos trabalhadores da Administração Pública. "O défice orçamental é insustentável, mas não é sustentável reduzi-lo à custa do desenvolvimento do país e da insistência, no essencial, em mais sacrifícios para os trabalhadores", sublinha a central sindical. Cobrar 11,4 mil milhões de euros/ano correspondentes à fraude e evasão fiscais, combater a economia clandestina, tributar os bens de luxo, reduzir o nível de benefícios fiscais aos patrões e terminar com o sigilo bancário são algumas das propostas avançadas pela CGTP para combater o défice. Em Lisboa, a concentração está marcada para as 15:00 no Largo do Município, seguindo-se um desfile até à Assembleia da República, onde o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, falará aos trabalhadores. Os trabalhadores da Função Pública, que marcaram uma greve para dia 15 de Julho, vão aderir à jornada de luta integrando as manifestações e concentrações que estão marcadas. Em Lisboa, vão integrar o desfile para o Parlamento, mas vão fazer uma pré-concentração na Praça do Comércio. |