"Superou as nossas expectativas. Houve um crescimento de 76,2 toneladas em relação ao ano passado. As pessoas habituaram-se a ver- nos como uma instituição transparente e credível", afirmou a também presidente do Banco Alimentar Contra a Fome de Lisboa.

Os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram no fim-de-semana um total de 1016 toneladas de géneros alimentares, um acréscimo de 7,5 por cento em relação a Maio de 2004, numa campanha realizada em 527 superfícies comerciais das zonas de Abrantes, Aveiro, Coimbra, Évora, Lisboa, Porto, Setúbal, Cova da Beira, Leiria-Fátima e S. Miguel.

"Congratulamo-nos muito com este resultado, ainda para mais numa altura em que a vida está difícil para todos. Os sacos vieram ainda mais cheios do que é habitual. Penso que as pessoas já nos conhecem bem e habituaram-se a poder confiar", indicou.

Uma equipa de cerca de 10.500 voluntários recebeu, transportou e armazenou os géneros alimentares recolhidos, que serão posteriormente distribuídos por um total de 1.107 Instituições de Solidariedade Social a mais de 200.000 pessoas.

"Estávamos um pouco receosos porque domingo foi dia de São Jorge, o padroeiro dos escuteiros, e estes estiveram envolvidos noutras actividades não podendo colaborar connosco, ao contrário de outras ocasiões", assinalou Isabel Jonet.

"No entanto contámos com um enorme número de voluntários e os pais de muitos dos escuteiros que não puderam comparecer vieram substitui-los", explicou a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Na última campanha de recolha de alimentos, que decorreu no primeiro fim-de-semana de Dezembro do ano passado, o Banco Alimentar recolheu 1.233 toneladas de alimentos.

Dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares contra a Fome indicam que em 2004 foram ajudadas 1.107 instituições, que concederam apoio alimentar a mais de 200.000 pessoas carenciadas.

No total, os Bancos Alimentares distribuíram no ano passado 13.834 toneladas de alimentos, produto não só das doações de particulares, mas também do aproveitamento dos excedentes produzidos pela cadeia de produção e comercialização de produtos agro- alimentares.