O ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, pediu urgência nos trabalhos de prevenção dos incêndios florestais aos 18 governadores civis ontem empossados, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro, José Sócrates. "Os governadores civis representam a autoridade distrital de protecção civil e é sua máxima prioridade o acompanhamento dos dispositivos necessários para a prevenção e combate aos incêndios", declarou António Costa, numa cerimónia em que o primeiro-ministro não discursou. No salão nobre do Ministério da Administração Interna, tomaram posse nos cargos de governador civil Neto Brandão (Aveiro), Manuel Monge (Beja), Fernando Moniz (Braga), Nogueiro Gomes (Bragança), Maria Alzira Serrasqueiro (Castelo Branco), Henrique Fernandes (Coimbra), Henrique Troncho (Évora), António Ventura Pina (Faro), Maria do Carmo Borges (Guarda), José Miguel Medeiros (Leiria) e Maria Adelaide Rocha (Lisboa). Tomaram ainda posse nos cargos de governador civil Jaime da Conceição Cordas Estorninho (Portalegre), Isabel Oneto (Porto), Paulo Fonseca (Santarém), Teresa Almeida (Setúbal), José Pita Guerreiro (Viana do Castelo), António Martinho (Vila Real) e Acácio Pinto (Viseu). No final da cerimónia, muito concorrida, a fila que se formou para a troca de cumprimentos foi extensa, algo que não aconteceu antes na posse dos ministros e dos secretários de Estado do XVII Governo Constitucional. Estas, por determinação do primeiro-ministro, tiveram a troca de cumprimentos limitada aos representantes dos órgãos de soberania e foram vedadas ao público em geral. No seu discurso, feito de improviso, António Costa advertiu os novos governadores civis para evitarem uma lógica de funcionamento "em minifúndio". "A presença do primeiro-ministro nesta cerimónia reveste-se de um alto significado. Os governadores civis não serão representantes do Ministério da Administração Interna nos respectivos distritos, mas sim representantes do Governo em geral", frisou. O ministro da Administração Interna sublinhou depois que os governadores civis deverão "promover a articulação entre os serviços da administração central desconcentrada" e evitar cair "na velha chaga do Estado Português, que é a cultura de funcionamento em minifúndio". "Espero que tenham o hábito de trabalhar em conjunto com os outros governadores civis da região. Temos de tornar os serviços do Estado mais próximos dos cidadãos, mas é também preciso racionalizá- los", acrescentou. |