O presidente da Câmara de Aveiro, Alberto Souto (PS), assegurou segunda-feira que os elevadores da denominada passagem de nível do "Pingo Doce", na cidade, inactivos devido a vandalismo, voltarão a funcionar, evitando a travessia da linha ferroviária. Os elevadores foram instalados juntamente com a escadaria de passagem para os peões, após o encerramento daquela passagem de nível, junto ao cruzamento da estrada de S. Bernardo, mas têm estado inoperacionais. De acordo com o que alguns moradores da zona expuseram segunda- feira na reunião pública da Câmara Municipal de Aveiro, por causa disso "as pessoas atravessam a linha, nomeadamente alguns idosos, senhoras com carrinhos de bebé e deficientes físicos, que não conseguem subir as escadas íngremes da passagem para peões". "Um dia destes há ali uma desgraça", alertaram, pedindo ao executivo municipal que tome medidas. Segundo o vereador Eduardo Feio, os elevadores estão desligados devido a actos de vandalismo e a autarquia vai fazer nova tentativa para os colocar ao serviço, instalando também um sistema de vídeo-vigilância para aumentar a segurança na zona. Além do problema da passagem de peões, os moradores queixaram- se ainda à autarquia de transtornos causados pelas obras de modernização da Linha do Norte. O barulho do trabalho nocturno da REFER não os deixa dormir, segundo se queixaram, e algumas casas estão a ser prejudicadas por ter sido retirada uma conduta sob a linha, por onde passavam as águas pluviais, que agora se infiltram nas construções. O presidente da autarquia assegurou que irá transmitir à REFER as preocupações dos residentes e que os elevadores serão recolocados a funcionar. Durante a reunião foi ainda anunciada uma operação de realojamento no Bairro de Santiago, em casas de renda social, das famílias que vivem na Cova das Agras. O executivo municipal pretende tomar posse administrativa das habitações degradadas da Cova das Agras, cuja construção é ilegal (em zona de Reserva Ecológica), para as demolir. Uma dezena de famílias vive na Cova das Agras, em condições que a Câmara considera serem de "insalubridade, degradação e insegurança", pelo que vai notificar os proprietários daquela decisão. A seguir à Cova das Agras será a vez de serem realojadas as famílias da "Ilha do Canastro", segundo referiu o presidente da autarquia. Para responder às necessidades de habitação social do concelho está a ser construído um novo bairro em Cacia, com 21 casas, e para as Agras do Norte está a ser projectado um empreendimento em parceria com uma cooperativa de habitação. |