A ordem pública e a segurança das personalidades nas exéquias do Papa João II serão asseguradas por 6.500 polícias, revelaram hoje as autoridades italianas. A data da inumação ainda não foi marcada, devendo ser decidida segunda-feira de manhã pelos cardeais. Esperam-se cerca de 200 individualidades - reis, chefes de estado e do governo - e cerca de dois milhões de fiéis. Cerca de 1.500 elementos das unidades especiais da polícia e dos +carabinieri+ terão a seu cargo a protecção dos chefes de estado. Outros cinco mil polícias terão a seu cargo a ordem pública e a vigilância de «objectivos de risco», revelou o Ministério do Interior, em comunicado. O dispositivo de segurança foi acordado com as autoridades do Vaticano e com os seus serviços de segurança, revela o comunicado. Fontes dos serviços de informação italianos, citadas pela agência noticiosa Ansa, disseram recear «acções demonstrativas» e não afastaram a hipótese de um atentado. O espaço aéreo italiano ficará totalmente interdito no dia do funeral, protegido por caças e helicópteros, e vigiado por um avião Awacs da OTAN. Este dispositivo aéreo será confiado ao Comando Operacional da Força Aérea (COFA) mas a decisão de abater um aparelho, que possa representar uma ameaça, será tomada pelo Ministério da Defesa, precisaram fontes citadas pela Ansa. As medidas de vigilância em aeroportos e gares serão também reforçadas e o dispositivo de segurança deverá mobilizar entre 10 mil e 15 mil polícias e militares, segundo as informações obtidas pela agência italiana. |