O bispo do Porto, D. Armindo Lopes Coelho, afirmou hoje que "não vale a pena alimentar a curiosidade natural mas mórbida" em torno do sucessor de João Paulo II, considerando que isso será decidido por inspiração "do Espírito que comanda a Igreja". "As contas que nós, humanos, fazemos costumam sair erradas e as eleições (dos novos papas) foram sempre surpresas", disse. O bispo do Porto afirmou-se convicto de que João Paulo II sabia já há semanas que ia morrer brevemente, por "repetir que estaria à frente da Igreja até ao fim". "Era um homem que amava a humanidade e se entregava a viagens missionárias, numa dimensão e quilometragem quase impossíveis, enfrentando todas as religiões e culturas", acrescentou. A Diocese do Porto deu já instruções aos vigários para mandarem tocar os sinos em sinal de luto, havendo a hipótese de a sé catedral abrir as portas se o número de fiéis empenhados em nela rezar o justificar. |