A Ministra da Agricultura está confiante no futuro do setor agrícola e defendeu, na abertura da Agrovouga, que o crescimento será possível com a incorporação de inovação e tecnologia no setor.
Maria do Céu Albuquerque estreou-se na pasta com uma apresentação junto dos agentes do setor agrícola e revelou confiança por sentir que existe “vontade de encontrar “alternativas e soluções inovadoras, com base no conhecimento e no desenvolvimento tecnológico, capazes de promover a eficiência, de responder aos desafios ambientais e económicos”.
Durante a sessão de encerramento da Conferência sobre “Eco Sustentabilidade no Setor Leiteiro”, Maria do Céu Albuquerque afirmou que a agricultura “tem procurado responder às novas prioridades, aos novos desafios, às novas exigências”.
A Ministra da Agricultura lembrou que “falamos de um setor que soube adaptar-se e crescer em profissionalismo, que conseguiu promover a redução de custos de produção, satisfazer as exigências de qualidade e bem-estar animal, permitindo que Portugal seja autossuficiente na produção de leite, com um grau de autoaprovisionamento setorial dos produtos lácteos na ordem de 93%, subindo esse valor para 107,7% no caso do leite”.
Um discurso que acentuou a importância de gerir os recursos, nomeadamente a água, de forma cuidadosa.
O otimismo quanto ao futuro do setor ficou expresso também nos indicadores de investimento.
“Prova desse olhar atento são os apoios ao investimento nas explorações agrícolas e agroindústria no setor do leite e produtos lácteos definidos no âmbito do PDR2020 que, até à data, prevê atribuir 50 milhões de euros de apoio neste âmbito, representando cerca de 116 milhões de investimento”.
Maria do Céu Albuquerque afirma que é também preciso defender uma Política Agrícola Comum pós-2020 mais justa e inclusiva.
“Uma PAC que salvaguarde a manutenção da atividade produtiva em todo o nosso território, assegurando a resiliência agrícola, a ocupação e vitalidade das zonas rurais; Uma PAC que incentive o desenvolvimento de uma agricultura eficiente e inovadora, capaz de garantir relações equilibradas para os agricultores na cadeia alimentar e de satisfazer as necessidades alimentares e nutricionais dos cidadãos; E, claro está, uma PAC que tenha como prioridade a conservação dos recursos naturais, bem como uma resposta concertada para a mitigação e adaptação às alterações climáticas”.
Ribau Esteves aproveitou o momento para deixar recado o Governo sobre o peso político de pastas (agricultura e ambiente) que deveriam estar mais próximas e com peso mais equilibrado.
O autarca de Aveiro num apelo ao entendimento a citar a forma como sentiu as negociações para a construção do dique do baixo Vouga, destinado à proteção de terrenos agrícolas.
Assume que o Ambiente pesou sempre mais que a Agricultura (com áudio)
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