Teófilo Santiago, responsável pelo Departamento de Investigação criminal de Aveiro da PJ, confirmou à Lusa que aquela polícia procedeu à "detenção de um indivíduo, sob quem recaem fortes suspeitas de envolvimento nesses actos criminosos".

O responsável da PJ garantiu que o caso "está a merecer toda a atenção" dos investigadores.

Na madrugada de sexta-feira, dia 11, uma jovem de 19 anos, estudante na Universidade de Aveiro, foi sequestrada, amordaçada e lançada ao Rio Vouga, mas acabou por conseguir libertar-se, salvando- se devido à pouca profundidade das águas no local.

A jovem regressava a casa na zona da Vagueira, Vagos, vinda de um bar no centro de Aveiro, quando foi barrada por duas viaturas.

Foi depois sequestrada e amordaçada por quatro indivíduos, que terão partido o vidro do carro e obrigado a vítima a revelar o código do Multibanco, mas verificaram que a conta bancária teria pouca importância em depósito.

A jovem foi então atirada ao Rio Vouga, tal como o carro e, segundo fonte policial, não houve qualquer tentativa de a molestar sexualmente.

Nada indica que se possa estar em presença de uma "reedição" do "gang" do Multibanco, que nos anos noventa, em Lisboa, sequestrava e violava mulheres que eram apanhadas a conduzir sozinhas e depois as mantinha em cativeiro, obrigando as vítimas a revelar os códigos do Multibanco, e em que se verificou um homicídio consumado.

Conforme disse à Lusa o responsável da PJ de Aveiro, é convicção daquela polícia que se tratou de um "acto isolado e não inserido numa actividade continuada" pelo que "é uma situação que não deve ser geradora de pânico" junto da população.