Nelson Peralta assumiu a primeira declaração política do Bloco de Esquerda nesta legislatura e o tema abordado foi a tentativa do Governo de entregar à EGF, “sem concurso público e sem contrapartida”, a recolha de bio-resíduos e ainda uma alteração legislativa à regulação de tarifas.
A ação mereceu a crítica do deputado eleito por Aveiro.
“Estas duas medidas fazem parte de uma história de escolhas públicas que parecem corresponder aos interesses da Mota Engil e dos seus lucros”, considerou Nelson Peralta.
O deputado do Bloco eleito por Aveiro considerou ainda que “a cronologia é clara”.
“Primeiro, a empresa concorre a fundos europeus para uma atividade que não é a sua. Impedida, recorre ao governo. E o governo entrega-lhe os bio-resíduo, de borla e sem concurso. Isto mesmo sabendo que o regulador - e agora também a PGR - consideram essa decisão contrária à lei”.
Nelson Peralta criticou ainda “já vimos este filme demasiadas vezes. Uma empresa privada fica com um serviço público, mas o investimento continua a ser na maioria público, seja nacional ou europeu”.
Anunciou ainda que o Bloco vai chamar o Ministro do Ambiente à Comissão de Ambiente para prestar esclarecimentos sobre a tentativa de negócio.
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