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30-10-2019

Festa dos músicos e da música de Ílhavo inicia programação esta quinta na Casa da Cultura.



Em quatro criações exclusivas, apresentações, oficinas, showcases, concertos ou festas, dezenas de músicos ilhavenses foram desafiados a trabalhar o seu território através do linguajar característico do lugar.

A Milha, festa dos músicos e da música de Ílhavo, acontece durante quatro dias, de quinta (31 de Outubro) a domingo (3 de novembro), em Ílhavo e na Gafanha da Nazaré.

Duas dezenas de espetáculos, organizados pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, partem ou direcionam-se para a “palavra”.

Do hip-hop à cena eletrónica, da palavra falada à dança, o cartaz conta, logo no primeiro dia, quinta-feira, com a estreia do músico Diogo Riço, a exibição do filme “Heróis do Mar”, longa-metragem dos anos 70, aqui dobrada e interpretada por Alexandre Sampaio e musicada pela Orquestra Filarmónica Ilhavense com a orientação de Henrique Portovedo, depois de restaurada, a sua única cópia, pela Cinamateca-ANIM.

A fechar o primeiro dia, a banda Patinho Feio convida Pedro Vasco “Espada” para um concerto inédito.

No dia 1 de novembro, os Simplii Jetzt apresentam o seu novo disco, há concertos de La Palisse e Clandestino e ainda o espetáculo de criação em comunidade “Sforzando”, orientado por Mafalda Saloio, que trabalha uma narrativa musicada pela Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo - Música Nova e o Orfeão da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo.

No final da noite, o músico Haka convoca alguns rappers ilhavenses para um espetáculo de hip-hop. Atuam, neste coletivo improvisado, além dele, Va$kid, Real Tuga, Mike D e Ó20.

O dia de sábado começa com a apresentação da Escola de Música Arte e Som, a que se segue a estreia absoluta do projeto mema., que lança o seu primeiro disco em 2020.

“No sotão da velha” é o título do trabalho de Quiné Teles, que surge ainda na tarde de sábado. Já à noite, o músico e cineasta Henrique Vilão estreia o seu projeto experimental Zuhk. 

Às 21h30, destaque para a criação de Rui Souza, “Dito por não dito”, que trabalha o efeito repetitivo do linguajar e dos movimentos da dança de um rancho folclórico, contando com a participação dos ranchos do Município de Ílhavo e o acompanhamento dos solistas Andreia Alferes, Ricardo Fino e Vanessa Marques Oliveira.

Nota ainda para o concerto da banda alternativa Ângulo Morto, no sub-palco da Casa de Cultura de Ílhavo e para a festa “Os Três Farrapos”, que junta os DJs Emanuel Graça, Rita Capucho e Rui Santos. 

No último dia da Milha, atua a banda Boa Nova e segue-se a criação exclusiva “mo(vi)mentos”, uma peça musical de João Martins construída a partir de uma narrativa sobre as Gafanhas e com a participação dos alunos do 3º ano das Escolas Básicas das Gafanha do Carmo, da Encarnação e da Nazaré.

A festa encerra com um baile aberto, orientado por Renata Silva.

Na sexta e no sábado há duas oficinas gratuitas e destinadas a músicos profissionais ou amadores: uma de criação, com os músicos Ricardo Baptista e Peixe, da ondamarela, outra de agenciamento, com Márcio Laranjeira, da Lovers & Lollypops e do Milhões de Festa.

A Milha acontece na Casa da Cultura de Ílhavo e na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.

 


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