A Milha, festa dos músicos e da música de Ílhavo, acontece durante quatro dias, de 31 de outubro a 3 de novembro, em Ílhavo e na Gafanha da Nazaré, tenmdo como destaque o linguajar ilhavense.
Em quatro criações exclusivas, apresentações, oficinas, showcases, concertos ou festas, dezenas de músicos ilhavenses foram desafiados a trabalhar o seu território através do linguajar característico do lugar.
Duas dezenas de espetáculos, organizados pelo 23 Milhas, projeto cultural do Município de Ílhavo, partem ou direcionam-se para a “palavra”.
Do hip-hop à eletrónica, da palavra falada à dança, o cartaz conta, logo no primeiro dia, quinta-feira, com a estreia do músico Diogo Riço 8na foto), a exibição do filme “Heróis do Mar”, longa-metragem dos anos 70, aqui dobrada e interpretada por Alexandre Sampaio e musicada pela Orquestra Filarmónica Ilhavense com a orientação de Henrique Portovedo, depois de restaurada, a sua única cópia, pela Cinamateca-ANIM.
A fechar o primeiro dia, a banda Patinho Feio convida Pedro Vasco “Espada” para um concerto inédito.
No dia 1 de novembro, os Simplii Jetzt apresentam o seu novo disco, há concertos de La Palisse e Clandestino e ainda o espetáculo de criação em comunidade “Sforzando”, orientado por Mafalda Saloio, que trabalha uma narrativa musicada pela Banda dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo (Música Nova) e o Orfeão da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo.
No final da noite, o músico Haka convoca alguns rappers ilhavenses para um espetáculo de hip-hop. Atuam, neste coletivo improvisado, além dele, Va$kid, Real Tuga, Mike D e Ó20.
O dia de sábado começa com a apresentação da Escola de Música Arte e Som, a que se segue a estreia absoluta do projeto mema, que lança o seu primeiro disco em 2020.
“No sotão da velha” é o título do trabalho de Quiné Teles, que surge ainda na tarde de sábado. Já à noite, o músico e cineasta Henrique Vilão estreia o seu projeto experimental Zuhk.
Às 21:30 destaque para a criação de Rui Souza, “Dito por não dito”, que trabalha o efeito repetitivo do linguajar e dos movimentos da dança de um rancho folclórico, contando com a participação dos ranchos do Município de Ílhavo e o acompanhamento dos solistas Andreia Alferes, Ricardo Fino e Vanessa Marques Oliveira.
Nota ainda para o concerto da banda alternativa Ângulo Morto, no sub-palco da Casa de Cultura de Ílhavo e para a festa “Os Três Farrapos”, que junta os DJs Emanuel Graça, Rita Capucho e Rui Santos.
No último dia da Milha, atua a banda Boa Nova e segue-se a criação exclusiva “mo(vi)mentos”, uma peça musical de João Martins construída a partir de uma narrativa sobre as Gafanhas e com a participação dos alunos do 3º ano das Escolas Básicas das Gafanha do Carmo, da Encarnação e da Nazaré.
A festa encerra com um baile aberto, orientado por Renata Silva.
Na sexta e no sábado há duas oficinas gratuitas e destinadas a músicos profissionais ou amadores: uma de criação, com os músicos Ricardo Baptista e Peixe, da ondamarela, outra de agenciamento, com Márcio Laranjeira, da Lovers & Lollypops e do Milhões de Festa.
A Milha acontece na Casa da Cultura de Ílhavo e na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré. A entrada é gratuita.
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