Miguel Viegas, candidato da CDU às próximas eleições legislativas por Aveiro, afirma-se preocupado com o futuro das pescas e tem o tema presenta nas ações de preparação do programa eleitoral com apelo ao reforço das compensações nas paragens.
Numa deslocação com Octávio Augusto, da Comissão Politica do PCP, esteve reunido com pescadores na Docapesca de Aveiro.
Tido como um dos maiores consumidores de pescado do mundo e detentores das maiores áreas de pesca da União Europeia, Portugal viu a frota reduzida em 50% e importa já 70% do peixe que consome.
Hoje, ao nível da pesca costeira e em particular na pesca da sardinha, existe apenas uma única embarcação a praticar a arte do cerco e a CDU diz que mesmo essa pode estar em risco.
“Com a quota ibérica mais baixa de sempre, a situação começa a tornar-se insustentável para quem investiu somas avultadas em equipamentos para depois trabalhar sensivelmente metade do ano, em virtude das paragens biológicas impostas por Bruxelas".
Apesar de não contestar a necessidade de uma exploração sustentável dos stoks de pescado, pede mais atenção ao que se faz noutros Estados.
Lembra que os pescadores são “vítimas de uma concorrência desleal” quando os seus colegas espanhóis beneficiam de um custo de gasóleo que é sensivelmente metade do praticado em Portugal.
“A renda cobrada pela Docapesca assim como a cobrança energética constitui outra exorbitância que dificulta a permanência daquela que é hoje a única embarcação de cerco registada neste Porto”.
De acordo com declarações de Miguel Viegas, "a pesca constitui um sector fundamental para a região e para o país".
"Os armazéns da Docapesca foram construídos com fundos da União Europeia e não é aceitável o valor da renda cobrada. Depois do que ouvimos aqui, tudo iremos fazer, quer junto da Docapesca, quer junto do governo para activar os mecanismos necessários à preservação e modernização da nossa frota pesqueira".
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