O Festival Rádio Faneca regressa para três dias de espetáculos e relações sociais no bairro histórico de Ílhavo.
Este festival combina concertos, performances, projetos comunitários, jogos e outras propostas nos becos e no centro da cidade e destaca-se pela existência de uma rádio, que funciona apenas durante o festival, e que tem o nome da cabine radiofónica que existia há muitas décadas em Ílhavo, no mesmo jardim, emitindo naquele local, todos os domingos à tarde.
Além de central de música e discos pedidos, esta rádio funciona como elemento agregador de um festival que torna vizinhos e cúmplices comunidade e artistas, dando-lhes palco e voz.
Diabo na Cruz, Conan Osíris, Flak, Moonshiners, Bruno Pernadas (no palco do Jardim Henriqueta Maia), João Berhan, Lince, Pedro de Tróia, Les Saint Armand (nos becos) e Joana Espadinha (no Aquário dos Bacalhaus) são os protagonistas dos concertos.
A Vida Airada herda o nome da orquestra e mostra-se com espetáculo que será aplicado em novos palcos. Luís Ferreira, do 23 milhas, explica que a orquestra continua como desafio à comunidade para as artes de palco (com áudio)
Esta sexta, o jornal O Ilhavense monta uma tertúlia radiofónica para discutir passado e futuro das suas páginas; Domingos Cardoso apresenta o livro “Palabras co bento no leba” numa obra sobre o linguajar ilhavense, e Pedro de Tróia estreia a promessa de um projeto, “Estou bem aqui em Portugal”, videocast sobre banalidades, do autor e cantor que atua no dia seguinte num dos becos de Ílhavo.
Já no sábado, João Nuno Silva, o embaixador do bloque A Certeza da Música, encabeça o programa “As Certezas do Meu Mais Brilhante Amor”, uma viagem sobre as músicas portuguesas que o trouxeram pelo blogue e pela vida.
Hugo van der Ding, na mesma linha do programa que assume na Antena 3, “Vamos todos morrer”, apresenta a rubrica “Olha, já lá está…”, em que fará um obituário humorístico de algumas figuras históricas ilhavenses.
Mr.Gallini, um “pujante” John Lennon de Leiria, fala sobre as suas influências e toca o que delas brotou.
No último dia do festival, Joana Espadinha é levada a conversar primeiro na rádio, também sobre as suas influências, antes do seu concerto no Aquário dos Bacalhaus, no mesmo dia; “entre nós e as palavras há metal fundente” é o momento em que Guilherme Gomes, ator e diretor artístico do projeto CRETA - laboratório de criação teatral, em Viseu, faz uma seleção de poemas de autores portugueses, mas em grande parte ilhavenses, numa viagem pela poesia local.
“Rimas e Batidas” junta Rui Miguel Abreu e o artista ilhavense HAKA, para conversar, num momento que acabará numa atuação de HAKA.
A programação da rádio fecha com o podcast Brandos Costumes, ao vivo, pela primeira vez, numa versão renovada, com o seu criador Pedro Paulos e a estreante (mas só neste formato) Marta Rocha, além do respetivo convidado.
Uma das apostas é o projeto “andar à nora” na descoberta aos bairros. Uma instalação artística trabalhada por Lara Soares que realça a recuperação de hábitos antigos em que o percurso é menos dirigido e mais aleatório (com áudio)
A rádio emite em 103,9 FM sendo possível ouvi-la em Ílhavo e arredores, mas estará online, em áudio mas também em vídeo, durante os três dias de emissão.
Abertura esta sexta, dia 7 de Junho, às 10h, no espaço central no Jardim Henriqueta Maia.
|