A Câmara de Ílhavo aprovou o relatório e contas por maioria.
O equilíbrio financeiro continua a pautar a gestão de Fernando Caçoilo, autarca que reclama méritos na redução de dívida e manutenção de investimento.
A autarquia fala em nova redução e revela que a dívida bancária estava no final de 2018 em 8,3 milhões. O autarca quer chegar aos pouco mais de 3 milhões no final do mandato, objetivo traçado em 2017 quando garantiu a renovação de mandato.
O PS criticou o que apelida de “cativações” e fala em nível de execução abaixo das expetativas. Dá nota negativa pela “baixa taxa de execução das Grandes Opções do Plano”.
Defende que 25% das atividades previstas para o exercício de 2018 ficaram por realizar, o correspondente a 4 milhões de euros de investimento e acusa a maioria de cativar quase 5 milhões de euros do orçamento municipal, “mais 2 milhões de euros que no ano de 2017”, e de adiar a redução da despesa corrente da Câmara.
Além de registar “ausência da resolução dos estrangulamentos do concelho, nas áreas da mobilidade, da criação de emprego e fixação de população ativa, da valorização dos nossos recursos ambientais e turísticos, da gestão territorial integrada e sustentável, do reforço das políticas sociais e da aproximação entre os eleitos e eleitores” os autarca do PS notam abrandamento na execução das redes de saneamento em falta e na ausência de políticas de qualificação urbana em particular na Gafanha da Nazaré.
A carga fiscal é outro dos temas que mereceu a crítica socialista que vê aumento nas receitas e um dado objetivo no 25º lugar entre os Municípios que mais IMI cobram a cada munícipe no território nacional e o segundo no “ranking” na região de Aveiro (200,3 euros “per capita”, mais 60 Euros que a média nacional).
O PS diz que está por fazer a redução da carga fiscal às famílias e empresas, “em sede de diminuição da Taxa de IMI para 0,3%, de diminuição da Taxa de participação variável no IRS e da Taxa de Derrama, sem colocar em causa a sustentabilidade orçamental da Câmara e com vantagens assinaláveis para o alívio dos compromissos dos Munícipes e correspondente estímulo da economia local.”
Com a economia a dar sinais de crescimento o PS defende que essa redução já poderia ter sido concretizada e lembra que o PSD tem responsabilidades na dívida gerada (com áudio)
Os Vereadores do PS afirmam que o Município se tem deparado ao longo dos últimos cinco anos “com o cenário das escolhas que o PSD fez, sempre às custas da sobrecarga fiscal dos Munícipes, nunca às custas de uma redução de despesa rigorosa, sempre ignorando a necessidade de uma ação política estratégica que resolva os problemas estruturais do Município, que tanto prejudicam a sustentabilidade do território e a qualidade de vida dos Munícipes.”
Fernando Caçoilo fez a apresentação dos documentos e deixou nota de “conforto” pelo trajeto seguido com constante redução da dívida.
O arranque do segundo mandato autárquico fica marcado pela captação de 29,7 milhões de euros em receitas. O autarca justifica este valor com a integração de saldos e as dinâmicas positivas da economia.
A execução da receita, segundo Fernando Caçoilo, esteve acima de 85%. Na despesa os valores correntes rondam os 14,6 milhões e de capital 13,9 milhões de euros. A execução da despesa fixou-se em 83% no caso da despesa paga.
O nível de execução das GOP foi de cerca de 10 milhões de euros com aumento de 11% em relação a 2017.
“Herdeiro” de um longo ciclo político iniciado com Ribau Esteves, o autarca defendeu esse passado e diz que está a fechar o círculo depois de uma fase de investimento assente em fundos europeus e na necessidade de endividamento e de políticas de reequilíbrio financeiro.
Lembra que a câmara fez obra, entrou e saiu do programa de apoio à economia local e tem finanças mais saudáveis sem perder de vista o investimento.
E acentuou o nível de desenvolvimento que coloca o concelho de Ílhavo em posição “ímpar” (com áudio).
(em atualização)
|