A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (ERTCP) aprova a regulação a promoção do Caminho Português de Santiago e que visa a certificação dos seus itinerários.
Esta medida vem ao encontro do trabalho desenvolvido nos últimos anos pela ERTCP, em conjunto com vários parceiros do território do Centro de Portugal, e segundo a ERTCP é um diploma que se “enquadra na perfeição no espírito e na letra do Decreto-Lei agora aprovado”.
Na região, estão identificados e sinalizados os Caminhos Central, Interior e Nascente e a ligação do Caminho Interior ao Caminho Central.
Em 2014 ficou concluída toda a sinalética do Caminho Central, que, iniciando-se em Lisboa, passa neste território por Vila Nova da Barquinha, Tomar, Ferreira do Zêzere, Alvaiázere, Rabaçal, Conímbriga, Coimbra, Mealhada, Águeda e Albergaria-a-Velha, em direção ao Porto e a Santiago de Compostela. Neste itinerário está já em pleno funcionamento uma importante rede de albergues e pontos de apoio ao peregrino.
O Caminho Nascente está igualmente completamente identificado e sinalizado no Centro de Portugal. O itinerário parte do Alentejo e atravessa o território do Centro de Portugal em Vila Velha de Ródão, Castelo Branco, Fundão, Ferro (Covilhã), Belmonte, Guarda, Celorico da Beira e Trancoso, onde se junta com o Caminho de Torres. Este, começando em Espanha, cruza Almeida, Pinhel e Trancoso, em direção a Lamego, Guimarães, Braga e Santiago.
O Caminho Nascente é de grande importância estratégica, uma vez que constitui um percurso alternativo à Via da Prata, tradicionalmente utilizado pelos peregrinos do Sul de Espanha e que passa por Sevilha, Cáceres e Salamanca. A Via da Prata está hoje saturada, pelo que cada vez mais peregrinos da Extremadura e de Castela e Leão preferem utilizar o Caminho Nascente.
Identificado está também o Caminho do Interior, que parte de Viseu e segue por Castro Daire, Lamego, Vila Real e Chaves, até desembocar na Via da Prata.
Em 2015, foi protocolada entre a ERTCP e os municípios, em 2015, a ligação entre o Caminho do Interior e o Caminho Central, havendo inclusivamente uma candidatura ao programa Valorizar, promovida pela Associação Via Lusitana.
Paralelamente, foram e estão a ser desenvolvidas ferramentas de apoio ao peregrino, nomeadamente uma app, guias e mapas, que permitem a plena fruição do Caminho Português de Santiago na região, proporcionando informação geral e prática, bem como informação histórico-cultural.
A região Centro de Portugal tem apostado na qualificação e valorização do Caminho Português de Santiago, em parceria com os Municípios, a Associação Via Lusitana e o Turismo de Portugal.
Afirma mesmo reunir “todas as condições para avançar com a certificação dos seus itinerários, aguardando o desenvolvimento do processo de organização a nível nacional e disponibilizando-se até para, face aos passos importantes que já foram dados pelo Centro de Portugal nesta área, assumir um papel de região-piloto a nível nacional”.
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