Na semana em que uma utente morreu no serviço de urgência do Hospital Infante D. Pedro, à espera de atendimento, os enfermeiros denunciam um cenário de “caos”.
O Sindicato de Enfermeiros Portugueses afirma que o “caos” está instalado no serviço de urgência e que faltam meios para evitar a rotura.
Adianta que não sendo um quadro novo, está este ano agravado “sem que tenham sido tomadas medidas no sentido de a colmatar”.
A delegação regional de Aveiro traça um cenário alarmante, com cerca de 40 a 50 doentes, em cada turno, em espera nos corredores do serviço para poderem seguir para internamento.
“Todo este aumento de doentes e respetivas horas de cuidados de enfermagem que são necessários prestar, não tem sido acompanhado pelo necessário reforço do número de enfermeiros no serviço/turnos pelo que reafirmamos a urgente necessidade de admissão de enfermeiros para todo o Centro Hospitalar Baixo Vouga, nomeadamente para o serviço de Urgência”, refere o SEP.
O Sindicato faz ainda apelo a um maior investimento nos Cuidados de Saúde Primários, para que o serviço de urgência deixe de ser considerado a única opção de resposta para os cuidados de saúde na região.
“Não temos dúvidas em afirmar que a manter-se esta situação no Serviço de Urgência Geral, poderá estar em causa a qualidade e segurança dos cuidados prestados”.
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