O Movimento Juntos pelo Rossio toma posição oficial sobre o estudo prévio para o Rossio e defende que a reabilitação do Jardim deve melhorar e requalificar de acordo com o manifesto eleitoral sufragado pelos eleitores.
Reafirma posição contra o estacionamento subterrâneo, por não ver “demonstrada a necessidade”, e afirma existirem alternativas seja na zona próxima da antiga lota, seja através da maximização de utilização dos parques de estacionamento já existentes no centro da cidade.
Defende que existe subutilização do Parque do Fórum Aveiro, do Parque da Praça Marquês de Pombal, do Parque Edifício Ana Vieira, do Parque do Mercado Manuel Firmino e do Parque do Edifício Calçado de Guimarães.
“A CMA conhece estas alternativas, não tendo, no entanto, apresentado qualquer argumento ou justificação quanto ao porquê de se optar pela solução do parque de estacionamento debaixo do Jardim do Rossio em detrimento das restantes alternativas operacionalmente viáveis”.
Quanto à metodologia e estudos apresentados, o movimento afirma que foi esquecido um “inquérito de satisfação aos residentes”, prévio à intervenção, e diz que essa etapa fazia parte da candidatura ao financiamento PEDUCA.
Acusa a autarquia de não ter em conta, neste projeto, outras formas de mobilidade, alternativas ao automóvel como modo de chegar ao Jardim do Rossio e ao Bairro da Beira-Mar.
E questiona a ausência de “estudos de avaliação de impacto, quer ambiental, quer ao nível do impacto da obra nas edificações envolventes, como também ao nível do impacto socioeconómico para os comerciantes e empresários locais durante o tempo de construção (de pelo menos 18 meses, segundo o estudo da CMA)”, e também aos “benefícios reais que este projeto trará aos seus negócios”.
Na tomada de posição divulgada este fim de semana, o movimento “Juntos pelo Rossio” apela ao Executivo Camarário que requalifique o Largo e Jardim do Rossio “respeitando o espaço verde existente, reforçando-o com as infraestruturas necessárias para que seja fruído pela população” como espaço de lazer e de convívio, “sem esquecer a sua relevância enquanto espaço de grande valor simbólico para a memória coletiva”.
E pede que “desista de levar a cabo a construção do parque de estacionamento subterrâneo debaixo do Jardim do Rossio”, pelos riscos e por condicionar “em absoluto a configuração atual do Jardim”.
“Caso tal não se verifique, esta decisão camarária, ao não integrar os contributos que a Sociedade Civil e o Setor Privado têm vindo a sugerir ao longo deste processo, corre o sério risco de violar irreversivelmente não só os valores mais elementares da participação democrática, mas principalmente, os direitos fundamentais dos cidadãos”.
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