O jovem arquiteto que foi entronizado pela confraria do bacalhau afirma que as mudanças reclamadas pela sociedade civil quanto à adesão de mulheres à confraria devem ser debatidas e amadurecidas em respeito pelo passado da instituição e pelos mais velhos.
José Esteves afirmou a sua satisfação pela entronização no XX Capítulo da Confraria Gastronómica do Bacalhau. Admite estar a entrar numa organização dinâmica que a seu tempo fará o debate sobre o universo confrádico (com áudio)
Ribau Esteves, um dos fundadores da confraria, reconheceu a importância do projeto no contexto da divulgação do bacalhau e não escondeu orgulho por ver o filho como novo confrade (com áudio)
Álvaro Garrido, consultor do Museu, lembra que a pesca é retratada como pilar da ligação secular de Ílhavo ao mar mas também o consumo de bacalhau é tido como referência nessa matriz cultural pela forma como se processava a alimentação.
A confraria faz a ponte entre os dois mundos e o economista, docente universitário, não esconde que se trata de uma associação feliz.
“É muito importante evocar os primórdios desta história. Tendemos a lembrar o carácter lendário. Mas esta herança resiliente é mais do que isso. Há uma memória simbólica. Há tradição cultural de consumo”.
O evento foi participado pela presidente da federação de confrarias. Olga Cavaleiro diz que a história de 20 anos da Confraria do Bacalhau mostra o lado “unido” e “esforçado” de quem tem património cultural enraizado. Uma “escola” viva que se esforça por mostrar valores tradicionais (com áudio)
Fernando Caçoilo, autarca de Ílhavo, defende que a cultura marítima está bem enraizada no município.
“Temos um projeto interessante que tem na região uma importância vital. Todos estamos orgulhosos dos nossos museus”.
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