Num balanço da campanha no distrito, a actual eurodeputada disse ter registado nos concelhos por onde andou "uma onda de descontentamento pelas políticas de direita", mas também de "simpatia para com a CDU" e consciência "da necessidade de, nos 15 deputados que o distrito elege, haver alguém que leve à Assembleia da República as preocupações" do eleitorado aveirense.

"Hoje, achamos que a eleição de uma deputada da CDU pode ser a grande novidade no próximo domingo. Estivemos no distrito em intensos contactos com os trabalhadores, que nos receberam com a simpatia de quem sabe que não fomos só ter com eles na campanha e estivemos sempre ao lado das suas lutas", afirmou aos jornalistas.

Ilda Figueiredo referiu que até um empresário de média dimensão abriu as portas da sua empresa numa acção de campanha, reconhecendo que a CDU é uma força política que tem defendido a produção nacional.

O desemprego e a ameaça de encerramento de algumas empresas ou de deslocalização da produção de multinacionais instaladas no distrito, as dificuldades de comercialização dos produtos da terra pelos agricultores e a situação dos pescadores, "que estão a ser remetidos para a emigração", foram algumas das situações que contribuem para a "onda de descontentamento" que disse ter encontrado ao percorrer o distrito de Aveiro.

Ilda Figueiredo salientou ser a única cabeça de lista genuinamente do distrito e lamentou que Paulo Portas (CDS) e Manuel Pinho (PS) se tenham furtado ao debate, "empobrecendo o pluralismo e dificultando o contacto directo com as populações".