A Solco, marca australiana de painéis solares, conta liderar o mercado português em três anos, a partir da nova fábrica em Portugal, inaugurada, na última sexta-feira, em Albergaria-a-Velha, com capacidade para produzir 15 mil painéis por ano. De acordo com Cristina Louro, directora comercial da Solco, embora o objectivo da empresa seja o mercado europeu, a perspectiva é também de trabalhar o mercado português, considerado ainda incipiente, e atingir a liderança dentro de três anos. "O objectivo é o mercado europeu, com uma aposta forte em Espanha, onde o governo concede subvenções significativas aos particulares que optam por energias renováveis, mas contamos vir a liderar o mercado português, com boas condições de expansão, até porque é um país com muitas horas de sol", disse à Lusa. A nova unidade fabril de Albergaria-a-Velha, hoje inaugurada na presença do embaixador australiano, Greg Polson e do presidente da Associação Empresarial Portuguesa, Ludgero Marques, vai iniciar a laboração num turno único, mas tem uma capacidade de produção anual de 15 mil painéis solares, a trabalhar em três turnos, e representou um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros. Destina-se à produção de painéis através da transformação de polímeros pelo processo de rotomoldagem, o que, segundo a empresa, é não poluente, porque não envolve qualquer reacção química, implicando apenas a mudança do estado físico da matéria-prima. Feitos em polietileno, os painéis solares da Solco são formados por um corpo único, que inclui o depósito de acumulação e o colector solar numa só peça, evitando manutenção, e segundo os dados da empresa não mistura água fria com quente, reduzindo as solicitações ao sistema de apoio eléctrico ou a gás. Além da produção de painéis solares, a Solco pensa avançar a médio prazo com a produção de sistemas de aquecimento central e de cisternas em polietileno, conforme disse à Lusa Cristina Louro. A nova fábrica de Albergaria-a-Velha é participada em 81 por cento por capital português, através da Cleanvita, de São João da Madeira, que detém 51 por cento, e de um investidor particular com 30 por cento, sendo o remanescente da marca australiana. |