A Associação Florestal do Baixo Vouga (AFBV) apresenta, esta quarta, um balanço ao projeto Áreas Florestais Agrupadas em nome de uma floresta “mais rentável e segura”.
Desafio lançado à região de Aveiro onde ainda predomina a pequena parcela com o Governo a promover a administração conjunto ao jeito dos condomínios.
A solução passa pela gestão conjunta das propriedades, através das Áreas Florestais Agrupadas (AFA). Este modelo de gestão permite poupar cerca de 20% nos custos dos trabalhos florestais, garantindo um incremento da produtividade superior a 60% (eucaliptos).
As mais-valias das AFA, que já se encontram em desenvolvimento no terreno, serão apresentadas esta quarta, às 18h, na Biblioteca Municipal de Albergaria-a-Velha, durante uma sessão informativa organizada pela AFBV.
“Melhor planeamento, organização e operacionalização são algumas das vantagens da gestão comum das propriedades. Ao ganhar escala, é possível reduzir os custos das intervenções, aumentar a produtividade e tornar mais fácil o cumprimento das obrigações legais e o processo de certificação florestal”, refere a Associação.
Sem perder a autonomia sobre o seu terreno, os proprietários, através de parcerias com entidades e empresas do sector, encontram nas AFA as soluções para problemas comuns.
Acesso a melhores condições de financiamento e contratualização de seguros, bem como formas mais eficazes de combater doenças, pragas e incêndios são alguns exemplos.
A sessão informativa “Uma solução para a Floresta de minifúndio: Áreas Florestais Agrupadas”, aberta à comunidade, irá reunir especialistas, bem como proprietários florestais que integram os projetos pilotos de Águeda e Vagos que irão dar o seu testemunho e abordar as especificidades das AFA.
Trata-se de áreas florestais superiores a 10 hectares constituídas por cinco ou mais parcelas de terreno continuas e pertencentes a cinco ou mais proprietários, sujeitas a um plano de gestão florestal e a um plano de investimento comuns.
Neste momento há duas a título experimental em Castanheira do Vouga, Águeda, com 12 proprietários e 11ha de floresta e outra na Lavandeira, Vagos, com 30 proprietários e 9ha.
A Associação refere que há mais 7 Projetos em fase de desenvolvimento (Aveiro, Vagos, Albergaria-a-Velha, Águeda e Anadia) e confia no modelo.
“Passados quase 20 anos, conhecemos melhor a nossa floresta e as nossas gentes. A motivação cresceu, reforçada pela certeza de que a união é a palavra de ordem para a valorização do sector”.
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