Arranca esta quarta o Festival “Gastronomia de Bordo - Ílhavo 2018” que homenageia a cozinha tradicional bacalhoeira.
Até 18 de novembro convite para uma aventura de degustação que remete para as longas campanhas de pesca do Bacalhau nos mares gélidos do Atlântico Norte.
O Festival Gastronomia de Bordo projeta para os dias de hoje a gastronomia, tradicionalmente produzida a bordo das embarcações de pesca.Eram servidos pratos como a feijoada de chispe, feijão assado, caldeirada de espinhas de bacalhau, bacalhau frito, o “pão da pana” e o “queque dos domingos”, entre outros, comida retemperante para climas hostis.
Durante o festival será também possível “mergulhar” no património gastronómico nacional, através de visitas a estaleiros, museus, fábricas, lotas, navios e também a outros equipamentos de transformação e preparação alimentar. Catorze restaurantes do Município de Ílhavo aderem ao evento com menus temáticos.
Esta é uma das ações previstas no Projeto “Territórios com História: o mar, a pesca e as comunidades - programação cultural em rede dos municípios de Ílhavo, Peniche e Murtosa”, liderado pela Câmara Municipal de Ílhavo e cofinanciado pelo CENTRO2020, Portugal 2020 e União Europeia através do FEDER.
Este é o dia em que o Ciemar acolhe a primeira sessão do ciclo “A Arquitetura do Mar e da Terra”, enquadrada no plano de formação do Centro de Documentação de Ílhavo. Sessão a partir das 17h.
A iniciativa pretende estabelecer a relação entre a terra e o mar na perspetiva da arquitetura e da sua capacidade transformadora, assente numa reflexão sobre as noções de paisagem e território, compreendendo as possibilidades decorrentes da exploração de recursos naturais.
Além disso, a partir dos processos de humanização da costa e dos conflitos que decorrem dessas dinâmicas, a sessão irá analisar o potencial transformador e mobilizador que a arquitetura pode ter em contextos entre terra e mar.
É nesta perspetiva que serão apresentados exemplos e estudos concretos e será analisada informação e documentação que estiveram na origem de trabalhos científicos que avaliaram, entre outros, as transformações nas paisagens urbanas e na biodiversidade marinha potenciadas pelas várias tecnologias de pesca do bacalhau, as noções de Território e Paisagem e as estratégias, políticas e consequências dessas noções na gestão urbana, ou, ainda, o processo de transformação pelo qual passou o Porto Bacalhoeiro de Ílhavo a partir de 1920.
A ação, a primeira de um ciclo de palestras que será fomentado até junho de 2019, enquadra-se no âmbito do protocolo de cooperação recentemente acordado entre a Câmara Municipal de Ílhavo e o Laboratório de Paisagens, Património e Território (Lab2PT) da Universidade do Minho, no qual serão desenvolvidas formações, exposições e publicações no âmbito de projetos técnicos e científicos, como, a título de exemplo, a investigação “Arquitetura do Bacalhau” de André Carinha Tavares, que dá origem à “Arquitetura do Mar e da Terra”.
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