A secção de basquetebol do Gafanha queixou-se de clubes vizinhos pela saída de 21 atletas da formação mas a tomada de posição gerou um quadro de revolta entre os que sentiram estar a ser visados pelas queixas.
Algumas famílias fizeram questão de afirmar a sua liberdade na escolha do clube onde os filhos jogam e responsabilizam o cube por não ter sabido acarinhar as atletas.
Falam em “época desastrosa” e acusam a secção de “mandar tiros nos próprios pés” e tentar agora passar por “coitadinhos”.
“Deveriam ter vergonha na cara e assumir culpas. Sinto-me triste com tudo isto que se está a passar na secção e lamento que eu, assim como muitos pais, tenha que pôr os filhos a jogar noutros clubes porque o nosso não os soube estimar e acarinhar”, disse o pai de uma jovem com vários anos de modalidade.
Clubes vizinhos não entendem esta posição do Gafanha e lembram que todos têm “telhados de vidro” no que toca à captação.
Rui Labrincha, da AD Vagos, que acolheu uma atleta visada num castigo interno do Gafanha fala na importância de salvaguardar os jovens e diz que as acusações não fazem sentido.
“Nenhum clube tem moral para falar de aliciamento de jogadores a outros clubes, pois todos tem telhados de vidro, todos o fazem e os miúdos optam pelos clubes que tem melhores treinadores e melhores perspetivas futuras. Podia enumerar uma série de miúdos e miúdas que o GDG foi buscar a outros clubes”.
Afirma que o GDG deve fazer a auto-análise e olhar em frente. “O GDG sendo liderado por gente adulta deveria pensar e repensar nos erros que cometeu para que esta debandada tenha acontecido”.
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