O Gafanha aproveitou o lançamento da época desportiva da secção de basquetebol para criticar equipas vizinhas, sem apontar nomes, num ano em que assume ter perdido três equipas de uma assentada.
Confirmado um cenário de crise que terá tido origem num caso disciplinar,a na época passada, com atletas de uma das equipas de formação feminina, tendo desencadeado depois várias saídas.
“O clube não se calará, não deixará de cumprir o seu papel e realizar o seu trabalho de cabeça erguida, nem se intimidará, perante a falta de ética desportiva e respeito institucional de alguns clubes, treinadores e directores, perante o inqualificável e ignóbil assédio desportivo de que foi alvo, e terá sempre uma voz crítica perante o que entende ser a subversão do papel e da função formativa da modalidade, exponencial e perigosamente, vivida por muitos pais, mesmo contra a vontade dos filhos”, refere nota da secção.
O clube da Gafanha da Nazaré vai mais longe e diz que a abordagem dos adversários que levaram 21 atletas fere o clube mas não acaba com a formação.
“Mas o ataque que o GDG Basquetebol foi alvo durante o defeso e o início da nova época, e a clara tentativa de aniquilarem e destruírem o clube, só nos engrandece e nos valoriza, reforçando a importância do trabalho que é, diariamente, desenvolvido no pavilhão. De facto, SOMOS BONS. Aliás… SOMOS MUITO BONS. Porque se assim não fosse não faria qualquer sentido que outros clubes, por força de uma recente regulamentação de transferências completamente surreal e inqualificável, sentissem uma atracção nunca antes verificada (em lado nenhum) por 21 atletas da formação do GDG Basquetebol e tivessem destruído, só de uma vez, três escalões da formação e o sonho de outros tantos jovens que queriam e tinham enorme vontade de aprender a jogar basquetebol e que ficaram sem equipa”.
Essa sangria agravou-se no defeso e o Gafanha perde atletas de seleção distrital tendo a festa no Jardim 31 de Agosto ficada marcada pelos lamentos e pelos recados da secção. Diz que abana mas não "cai".
“O GDG Basquetebol tem consciência de que esta época 2018-2019 será verdadeiramente atípica e irregular, mas não abandonará nunca os seus princípios, os valores em que acredita e com os quais desenvolve o seu trabalho, mesmo reconhecendo todos os riscos da colheita dos frutos e dos resultados cair nas mãos de outrem”, refere nota da secção.
Dezenas de jovens atletas dos diversos escalões de iniciação (minibasquetebol), formação (Sub14 a Sub18) e seniores (masculinos e femininos), treinadores, directores e famílias que, durante a tarde deste sábado, celebraram a Festa do Basquetebol entre jogos e convívio.
Ao marcar presença num parque do centro, o Gafanha diz estar a dar um sinal à comunidade. “Esta foi igualmente a forma que o GDG Basquetebol encontrou para reafirmar a sua ligação à comunidade, às pessoas, às empresas e comércio, às diferentes entidades e ao restante tecido associativo da Cidade e da Região, e reforçar o seu papel desportivo e social na formação das crianças e jovens que diariamente marcam presença no Pavilhão Desportivo da Gafanha da Nazaré”.
Além de dar uma “prova de vida” a secção quis deixar o recado aos adversários. “Mas este foi também um momento de reflexão interna e, principal e fundamentalmente, um sinal e um aviso inequívoco para o exterior e para aqueles que, época após época, tentam, por todas as formas e meios, enfraquecer e minar o GDG Basquetebol”.
O clube afirma que “não abdicará nunca” do seu papel e da sua característica como Clube Formador, expressamente reconhecido no panorama do Basquetebol nacional e acusa clubes de transformarem a modalidade (concretamente a formação) numa “obsessiva campeonite”, tendo como “único objetivo” a conquista de uma “medalhinha ou uma tacinha, mesmo que isso seja alcançado à custa do trabalho alheio e dos recursos formativos dos outros”.
O Gafanha afirma-se como o 5.º clube com mais atletas inscritos (cerca de 180) na época passada, campeão distrital de Sub16 masculinos, finalista da Taça Nacional Sub16 masculinos e presença nas seleções distritais e nacionais.
“Esta época seremos muito menos, mas (tal como outros argumentam) saberemos sempre acolher e enquadrar todos os que cá estão e os que nos procurarem, sempre com o mesmo objectivo: formar atletas, formando pessoas, tal como demonstra a história de 28 anos e tal como é a tradição do GDG Basquetebol”.
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