A contestação às políticas camarárias quanto aos cuidados animais chegou ao conhecimento dos turistas que visitam Aveiro.
Numa ação de rua no Rossio, os ativistas locais e membros do grupo Direct Action Everywhere quiseram mostrar aos visitantes o ponto de situação a cidade dos canais.
O grupo revela que a “incredulidade” foi a reação mais observada no rosto dos estrangeiros abordados pelos ativistas em dia de grande movimentação.
No Rossio, Domingo à tarde ocupado por largas centenas de turistas e cidadãos locais que assistiam à final do campeonato do mundo de futebol, cerca de três dezenas de activistas distribuíram folhetos em Português e Inglês, denunciando o que dizem ser a situação de “horror” por que passam os animais errantes da cidade.
A iniciativa aproveitou a intenção da autarquia em candidatar a cidade a Capital Europeia da Cultura 2027, para descrever a política do município em relação aos animais, perguntando aos interpelados se uma cidade que não respeita a legislação sobre protecção e bem-estar animal e tem práticas medievais como o abate indiscriminado, tem condições para ser capital europeia da cultura.
Os ativistas já tinham avisado que o turismo seria um dos públicos alvo da campanha e ontem confirmou-se essa abordagem poucos dias depois da autarquia ter anunciado uma estratégia que os movimentos dizem ser operação de marketing.
“Queremos uma cultura de morte?”, “Queremos uma cultura medieval?”, podia ler-se nos folhetos distribuídos. “Do you know that this beautiful city does not have an oficial municipal shelter for stray animals”, lia-se na versão em lingua Inglesa do folheto.
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