Amadeu Albergaria exigiu, esta sexta-feira, ao governo resposta sobre a inexistência de uma sala de hemodinâmica que permita a realização de cateterismos no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV).
Numa pergunta dirigida ao Ministério da Saúde, o parlamentar social democrata recorda que boa parte dos doentes que recorrem ao serviço de cardiologia já são provenientes de outras unidades do CHBV, sendo depois encaminhadas para Coimbra.
“Um doente que recorra a outra unidade do Centro Hospitalar, como Águeda ou Estarreja, com sintomas de enfarte do miocárdio, é sujeito a um primeiro exame, sendo, depois, encaminhado para Aveiro, de onde terá de ser remetido para Coimbra, dada a inexistência de meio de diagnóstico adequado” lê-se na pergunta esta sexta-feira entregue na Assembleia da República.
Amadeu Albergaria recorda que “não é de agora a reivindicação de uma sala de hemodinâmica que permita a realização de cateterismos”, que, naquela unidade – uma das que compõem o CHBV – se estima sejam cerca de mil por ano.
Enquanto isso – pode ler-se no documento – notícias recentes “apontam no sentido de terem sido registadas sequelas e, até, mortes, como consequência na inexistência do serviço de cateterismo no Hospital de Aveiro, que permita avaliar a eventual existência de obstruções das artérias”.
O deputado aveirense cita o próprio diretor do serviço de cardiologia do CHBV, em declarações públicas, segundo as quais “os doentes devem ser encaminhados, no espaço máximo de 120 minutos, para a realização de cateterismo, contados do diagnóstico de enfarte do miocárdio agudo”.
“É deveras preocupante o tempo que um doente com sintomas de enfarte do miocárdio perde até chegar ao diagnóstico mais importante e, até, decisivo, o que poderá ter como consequência a morte ou sequelas relevantes”.
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