Um grupo de 23 pessoas, dez delas em prisão preventiva, começou hoje a ser julgado no Tribunal de Aveiro, por suspeitas de tráfico de droga. Os arguidos são 15 homens e oito mulheres, com idades entre os 17 e 52 anos, sendo que alguns deles têm ligações familiares entre si.
Na primeira audiência de julgamento, apenas dois dos arguidos prestaram declarações, para confirmar a acusação ou parte dela. Todos os arguidos estão acusados de tráfico de droga. Três arguidos respondem ainda por detenção de arma proibida, sendo que um deles também está acusado de um crime de condução sem carta.
Há ainda um arguido que responde por um crime de resistência e coação sobre funcionário, por não ter obedecido a uma ordem de paragem de uma patrulha da GNR, tendo direcionado o veículo que conduzia na direção de um dos militares.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os arguidos venderam droga, nomeadamente cocaína e heroína, em 2016, nos acampamentos onde viviam em Aveiro e Ovar.
De acordo com os investigadores, os arguidos auxiliavam-se mutuamente nas deslocações a fornecedores para obtenção de droga e cedendo também uns aos outros sempre que necessário produto estupefaciente para concretização de vendas a consumidores.
Os alegados traficantes foram detidos a 5 de dezembro de 2016, na sequência de uma investigação que envolveu várias buscas e resultou na apreensão de 660 doses de cocaína, 110 doses de heroína e 80 doses de haxixe.
Foram ainda apreendidos seis veículos ligeiros, uma moto quatro, três computadores portáteis, 42 telemóveis e nove mil euros em dinheiro, além de quatro armas de fogo, uma arma de ar comprimido e diversas munições.
No âmbito da lei que regula a proteção de crianças e jovens em perigo, procedeu-se ainda à retirada de dois menores que foram encaminhados para instituições de acolhimento, em resultado da detenção dos progenitores.
Esta operação contou com a participação de 260 militares dos Comandos Territoriais de Coimbra, Leiria, Porto, Viana do Castelo, Viseu e Aveiro além de militares da Unidade de Intervenção.
Fonte: Lusa
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