A Paróquia da Vera-Cruz, Aveiro, definiu o seu programa para assinalar a Quaresma.
Uma das apostas é a criação de um postal ou ver uma exposição de fotografias para “interpelar os seus paroquianos, e quem por ali passa, a incomodá-los de alguma forma com a fragilidade dos outros”.
São palavras do pároco, padre João Alves, que explica que estas iniciativas fazem sentido no âmbito da caminhada de Quaresma proposta pela diocese.
A exposição fotográfica é assinada pelo jovem Ricardo Lopes e versa os campos de refugiados “Grécia: o Purgatório Europeu”. Depois de ter estado exposta na semana interculturas do Centro Social e Paroquial da Vera Cruz, do Serviço de apoio aos migrantes, refugiados e minorias étnicas, loja do cidadão, em escolas e em Serviços de apoio aos migrantes e na Universidade, as fotos saltam agora para as paredes, para os altares e até para a pia batismal da Igreja.
“A ideia é incomodar quem ali está ou passa, ajudar à relação entre a eucaristia e a caridade porque este ano é dedicado à caridade e percebemos que a paróquia tem uma fraca sensibilidade sócio-caritativa da comunidade celebrante; esta pode ser uma reflexão para este tempo forte da Quaresma”, diz padre João Alves.
A exposição pode ser visitada até ao dia 04 de março.
Quanto ao postal é a proposta do grupo de jovens da paróquia da Vera-Cruz. Neste tempo os mais novos “oferecem a oportunidade de escrever um postal para alguém que está hospitalizado”, numa linha de ir ao encontro de alguém em condição de doença e tentar fazer a diferença num dia de Quaresma.
Assim cada paroquiano que vá simplesmente tomar o seu café ao bar da paróquia é “convidado a refletir sobre esta fragilidade e escrever umas linhas num postal que depois é entregue em mãos por um dos diáconos da paróquia que colabora com a capelania do Hospital de Aveiro”.
“Esta foi uma ideia dos jovens que também querem marcar este tempo de forma diferente; é necessário estar atento aos outros e a juventude é uma grande alavanca para esta atenção a dar, este serviço e disponibilidade. Abrirem o bar, outrora esquecido, tem trazido dinâmica aos nossos fins de semana; com estas iniciativas fomenta-se o diálogo e fecunda-se a caridade".
Acolher estes jovens dinâmicos torna-se fácil e escrever umas linhas num postal é tão simples; convida a colocarmo-nos no lugar do outro”, explica o pároco.
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