Três pessoas morreram e uma está desaparecida na sequência de um naufrágio de uma embarcação de pesca ao largo da Figueira da Foz, esta quarta-feira de madrugada. O naufrágio ocorreu a 11 milhas (24 quilómetros) da costa da Figueira da Foz e não houve pedido de socorro. "Tudo indica que a embarcação terá ido ao fundo, porque não houve pedido de socorro", afirmou Pedro Coelho Dias, porta-voz da Marinha, à agência Lusa. Segundo a Marinha, a embarcação de pesca, um arrastão de nove metros registado na Figueira da Foz (distrito de Coimbra), tinha uma tripulação de quatro homens: Orlando Fonseca (mestre), de 56 anos, Leonel Candeias, de 54, Paulo Jorge Fernandes, 47, José Fernando Henriques, 57. Orlando e Paulo Jorge são naturais de Ribamar, zona piscatória próxima do porto de Peniche e pertencente ao concelho de Lourinhã. Leonel reside em Marquiteira, também na Lourinhã, e José Fernando é de Maceira, concelho de Torres Vedras. O presidente da Junta de Ribamar, João Rato, disse ao JN que esta "não foi a primeira tragédia a abalar a comunidade". Segundo apurou o JN, a balsa de salvamento estava vazia quando os meios de socorro chegaram ao local do naufrágio da embarcação. Os meios de salvamento, acrescentou a Autoridade Marítima, foram ativados assim que foi recebido o alerta no Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa, durante a madrugada, via rádio baliza de emergência (EPIRB), que por norma só é ativado manualmente ou quando a embarcação vai ao fundo. A fonte precisou que foi imediatamente enviado para aquele local o helicóptero EH-101 da Força Aérea, o salva-vidas da Figueira da Foz, a embarcação de alta velocidade da Polícia Marítima e uma corveta da Marinha. Pelas 08.30 horas, o helicóptero encontrou destroços e os corpos dos dois pescadores. Um outro foi entretanto recuperado sem vida. As buscas continuam nas imediações do local pelo pescador ainda desaparecido.
Fonte: JN
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