Os cidadãos escolhidos para fazer perguntas ao Primeiro-Ministro num encontro que será realizado esta tarde na Universidade de Aveiro vão receber cerca de 200 euros em vales de compras e têm nesse valor apoio ao pagamento de viagens e alojamento.
Na reação à polémica, Governo e Universidade de Aveiro afirmam desconhecer as condições oferecidas aos participantes no “focus group”.
São 50 os participantes nesse evento que motivou já críticas dos partidos da oposição com PSD e PP a lamentarem a opção por esta operação.
O jornal SOL, que adiantou a notícia, ouviu o reitor da Universidade de Aveiro, Manuel Assunção, assegurar que a instituição «apenas disponibilizou o espaço» ao Governo, adiantando que o fez numa «lógica de cortesia».
Ainda segundo o Sol, o gabinete do primeiro-ministro esclarece que foi solicitado «ao centro de investigação GOVCOPP da Universidade de Aveiro a elaboração de um estudo quantitativo, coordenado pelo Professor Carlos Jalali que aborda duas vertentes: por um lado, o cumprimento das promessas por parte deste Governo e por outro as preocupações que os inquiridos identificam como prioritárias para o futuro».
Adiantando que, «de acordo com os critérios estabelecidos pelo centro de investigação GOVCOPP da Universidade Aveiro, foi solicitado à Aximage a definição técnica para a constituição de uma amostra adequada e que procedesse ao recrutamento dos participantes, bem como que assegurasse a gestão das deslocações que sejam necessárias efetuar pelos participantes, incluindo a realização de todos os atos necessários ao transporte, alojamento e refeições».
Os mais críticos desta opção já assumiram a contestação condenando a utilização de dinheiros públicos para esse fim que dizem ser idêntico às ações no tempo de José Sócrates.
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