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15-01-2005

Fraca adesão de manifestação para divulgar greve


Aveiro:

A manifestação de hoje dos trabalhadores e utentes dos transportes urbanos de Aveiro, destinada a chamar a atenção para a greve de segunda-feira, teve fraca adesão, reconheceu Jaime Ferreira, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

Apenas pouco mais de uma dezena de agentes únicos (motoristas/cobradores de bilhetes) e alguns utentes do Serviço de Transportes Urbanos de Aveiro (STUA) se concentrou junto à Estação da CP de Aveiro.

Os agentes únicos dos STUA iniciam segunda-feira a segunda greve, que decorrerá até 04 de Fevereiro, contra a sua integração na MoveAveiro, empresa de mobilidade municipal que pretende gerir a frota de autocarros, os transportes fluviais, o estacionamento e as bicicletas de utilização gratuita.

A manifestação de hoje pretendia ser um acto de divulgação da greve, que, segundo Jaime Ferreira, "é contra a criação da empresa municipal, que abre a porta à futura privatização, com prejuízos graves para a população, para os trabalhadores e para a própria autarquia".

Jaime Ferreira, ele próprio agente único nos Serviços Municipalizados de Aveiro a que os STUA pertencem, disse aos jornalistas que "fica tudo em aberto para a privatização como aconteceu em Braga, cujo sector das águas está em concurso para ser privatizado em 49 por cento".

Quanto ao novo período de greve, às primeiras duas horas de cada turno até ao dia 4, Jaime Ferreira garante que "será mais divulgado" do que o anterior, cujos efeitos "não se reflectiram na opinião pública", tendo a manifestação esse objectivo e não obter uma grande mobilização.

"Este novo período de greve é da exclusiva responsabilidade da Câmara, que se recusa a considerar as propostas apresentadas pelos trabalhadores e pelo sindicato", acusa-se no panfleto distribuído hoje pelo STAL.

Segundo o STAL, a greve "pode ainda ser evitada caso o presidente da Câmara abandone o projecto privatizador", mas o autarca, Alberto Souto, afirma que a greve "é meramente política", porque não há perda de direitos dos trabalhadores.


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