Carlos Fonseca, membro da comissão técnica independente que analisou o incêndio de Pedrógão Grande, afirma que um dos problemas sentidos nos incêndios de 15 de Outubro foi a força do ataque inicial.
O investigador da Universidade de Aveiro participou num encontro promovido pelo Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da UA e considerou que a revisão das épocas altas e baixa é uma das dimensões a considerar em nome da prontidão de meios reforçados sempre que necessário.
"Se em Pedrógão aprendemos que estávamos fora da fase Charlie e, portanto, os meios eram mais reduzidos, devíamos ter percebido que se desta vez tínhamos condições climatéricas excecionais, devia ter havido um reforço dos meios e que tivessem a sua concentração no momento inicial do incêndio".
Ainda assim e atendendo à realidade encontrada nos incêndios que vitimaram mais de cem pessoas admite que o fenómeno acabou por acarretar “muitas inevitabilidades". É uma tese corroborada pelo autarca de Mira. Raul Almeida fala de um fenómeno de tal modo violento que tornou o combate desigual.
"O fogo entrou no meu território com uma violência que nós já não conseguíamos combater".
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