A Universidade de Aveiro (UA) é parceira do programa escolar educativo “Que segredos esconde a Ria de Aveiro”, submetido pelo Agrupamento de Escolas Mário Sacramento e aprovado pela UNESCO, que se debruça sobre o património subaquático local. Esta iniciativa conta com o envolvimento dos docentes do Departamento de Geociências da UA que participaram na descoberta do achado arqueológico “Ria de Aveiro A”.
No início de 2017, e perante a importância do património arqueológico da Região de Aveiro, nomeadamente pelo mediático achado arqueológico “Ria de Aveiro A”, o Agrupamento de Escolas Mário Sacramento decidiu submeter uma candidatura à UNESCO com objetivo de se tornar parte da Rede de Escolas Associadas da UNESCO. A candidatura foi aprovada, o que deu um novo alento ao projeto que já tinha sido iniciado em 2011, com a criação de uma nova disciplina, inovadora no plano educativo, designada de “História e Património Local”. O programa da disciplina foi apresentado a 16 de outubro, na Escola Mário Sacramento, cujo conteúdo da disciplina de 8º ano dará destaque à temática “Que segredos esconde a Ria de Aveiro”, o tema da candidatura submetida. O programa inclui várias atividades teóricas e práticas e conta com o envolvimento de várias das personalidades nacionais que estiveram envolvidas na descoberta do achado arqueológico “Ria de Aveiro A”, bem como entidades locais empenhadas em valorizar este património.
As várias parcerias envolvidas na candidatura “Que segredos esconde a Ria de Aveiro” foram, na opinião de Carla Lima, responsável do projeto e professora na Escola Dr. Mário Sacramento, “indispensáveis ao sucesso da iniciativa mas, sobretudo, serão a chave para contribuir para uma mudança na valorização do património subaquático, começando pelos mais novos”.
Entre os parceiros, está a UA, através do seu Departamento de Geociências (DGeo).
A experiência e conhecimento da UA passa por diversas vertentes. Desde logo, a descoberta do achado arqueológico “Ria de Aveiro A” em que esteve envolvido Fernando Almeida, professor e investigador daquele departamento. Outra vertente é o estudo da descoberta através de trabalhos de geofísica marinha em conjunto com Luis Menezes Pinheiro, também professor e investigador do DGeo. Uma terceira vertente é a partilha de conhecimentos sobre geomorfologia, essenciais à compreensão de como se podem identificar naufrágios e o porquê de encontrar vestígios em locais, à partida, improváveis.
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