A Polícia Judiciária está a investigar as causas da morte de dois jovens em Cantanhede, que quinta-feira foram descobertos na sua residência, com os corpos em avançado estado de decomposição, revelou hoje uma fonte policial. O rapaz de 22 anos português e a rapariga de 20 angolana residiam naquela localidade em situação marital há quatro anos e de momento não tinham profissão conhecida. Quando foram encontrados os seus cadáveres apresentavam indícios de "decomposição de dias", adiantou o comandante do Destacamento da GNR em Cantanhede. Desde o passado domingo não contactavam os familiares do rapaz, o que levantou suspeitas, tendo as autoridades recorrido aos bombeiros para poderem aceder à habitação. De acordo com o responsável da GNR, o cadáver do rapaz encontrava-se na sala e o da rapariga jazia no quarto e não apresentavam indícios visíveis de terem sido alvo de acto criminoso. No entanto, uma outra fonte ligada à investigação adiantou à Agência Lusa que a intervenção da Polícia Judiciária se dá por haver suspeitas de homicídio na morte dos jovens. As causas da morte poderão ser conhecidas na tarde de hoje com a apresentação do relatório da autópsia a cargo do Gabinete Médico-Legal da Figueira da Foz, mas o que for apurado manter-se-á em segredo de justiça, explicou a mesma fonte policial. O mesmo responsável da GNR adiantou que o casal deixa órfãs duas crianças, que viviam com os avós paternos. Os dois jornais que se editam em Coimbra, o Diário de Coimbra e o Diário as Beiras, citam vizinhos do casal de jovens, que afirmam ter assistido "muitas vezes a grandes movimentações nocturnas no prédio", que atribuem a "transacção de droga e prostituição". |